IGP-M sobe 0,30% em novembro e deve acelerar mais em dezembro com dólar e carne

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,30% em novembro, percentual inferior ao apurado em outubro, quando a taxa foi de 0,68%, informou hoje a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o IGP-M acumulada alta de 5,11% no ano e de 3,97% nos últimos 12 meses. Em novembro de 2018, o índice havia caído 0,49% no mês e acumulava alta de 9,68% em 12 meses. O índice é usado na correção de contratos, como aluguéis, e é composto por três sub-índices, de atacado (IPA, com peso de 60%), varejo (IPC, com 30% de peso) e construção Civil (INCC, com 10%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,36% em novembro, após alta de 1,02% em outubro. O IPA acumula 6,07% no ano e 4,30% em 12 meses. Em novembro, os produtos agropecuários subiram 2,84%, bem acima da alta de 1,13% de outubro. A alta foi compensada pela queda dos preços industriais, de -0,45%, ante alta de 0,98% em outubro.

Para a consultoria Rosenberg Associados, a desvalorização recente do real diante do dólar vai pressionar os IGPs nos próximos meses, com efeito direto sobre as commodities e preços atrelados à moeda americana. Além disso, deve contar com pressão também partindo das proteínas, especialmente carne bovina, por conta do aumento da demanda internacional, reflexo da gripe suína na China. Com isso, o último mês de 2019 deve registrar variação ao redor de 0,80%, estima a consultoria, levando o IGP-M a fechar o ano com alta de 6,0% em 2019. Já em 2020, a Rosenberg espera taxa menor em 2020, de 4,0%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,20% em novembro, após queda de 0,05% em outubro. Mesmo assim, o índice ainda acumula variação no ano de 2,93% e, em 12 meses, de 2,97%, baixa para os padrões brasileiros.

Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Habitação (-0,21% para 0,19%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou -2,07% para 0,49%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,15% em novembro, ante alta de 0,12% no mês anterior. O índice, usado na correção dos contratos de imóveis comprados na planta, acumula alta de 3,99% no ano e 4,12% em 12 meses.

Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,37% para 0,31%), Serviços (-0,08% para 0,36%) e Mão de Obra não variou pelo segundo mês consecutivo.

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