Após variar 0,02%

IGP-M sobe 0,87% em dezembro e fecha 2021 com avanço de 17,78%, diz FGV

Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,96% e acumulava alta de 23,14% em 12 meses

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,87% em dezembro, após variar 0,02% no mês anterior. Entre janeiro e dezembro de 2021, o índice acumulou alta de 17,78%.

Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,96% e acumulava alta de 23,14% em 12 meses.   

Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A maior contribuição para o resultado do IGP-M de dezembro partiu do índice ao produtor. O resultado deste mês foi influenciado pela aceleração dos preços de bovinos (11,69%), reflexo da demanda doméstica e da retomada das exportações e, pela aceleração dos preços de safras afetadas por geadas e seca, como café (12,52%) e cana-de-açúcar (2,83%). Esses últimos itens também ajudam a explicar a elevação de 20,57% acumulada pelo IPA em 2021. Os preços da cana-de-açúcar avançaram 57,13% no ano, enquanto o preço do café subiu 152,35%, no mesmo período”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

Três índices compõem o IGP-M:

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60%, subiu 0,95% em dezembro, após queda de 0,29% em novembro.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,53% em dezembro. No mês anterior, a taxa do grupo subiu 0,97%.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 8,60% para 0,25%, no mesmo período.

O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,70% em dezembro, ante 0,51% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 3,38% em novembro para 1,02% em dezembro.

O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de 2,13% para 0,40%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,74% em dezembro, contra 2,45% em novembro.

O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou alta de 1,22% em dezembro, ante queda de 4,84% em novembro.

Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-15,15% para -0,52%), bovinos (-4,39% para 11,69%) e soja em grão (-2,85% para -1,03%).

Em sentido oposto, destacam-se os itens aves (-1,37% para -5,08%), laranja (-1,35% para -4,10%) e algodão em caroço (1,41% para 0,05%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, variou 0,84% em dezembro, ante 0,93% em novembro.

Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação.

A principal contribuição partiu do grupo Transportes (2,93% para 1,26%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 7,14% em novembro para 2,24% em dezembro.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,74% para 0,54%), Comunicação (0,17% para 0,05%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,17%), Despesas Diversas (0,22% para 0,13%) e Vestuário (0,62% para 0,61%).

Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: hortaliças e legumes (9,88% para -3,07%), tarifa de telefone residencial (1,74% para 0,00%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,47% para 0,10%), cigarros (0,97% para 0,20%) e acessórios do vestuário (0,58% para 0,33%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,37% para 1,09%) e Educação, Leitura e Recreação (0,34% para 1,80%) registraram acréscimo em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, destacaram-se os seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (0,12% para 3,11%) e passagem aérea (1,62% para 11,52%).

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10%, variou 0,30% em dezembro, ante 0,71% em novembro.

Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro: Materiais e Equipamentos (1,23% para 0,48%), Serviços (0,49% para 0,57%) e Mão de Obra (0,28% para 0,10%). 

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