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Impacto positivo da UnB na economia supera o próprio orçamento da universidade

A Universidade de Brasília (UnB) agrega R$ 3 bilhões por ano ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Além disso, gera uma arrecadação de quase R$ 350 milhões em impostos indiretos. Com relação a empregos, gera quase 53 mil empregos em todo o país. Os dados constam da pesquisa Impacto Econômico da UnB no Distrito Federal e no Brasil, divulgada hoje (28) pela universidade.

Segundo a economista Maria Carolina Correia Marques, que integra a equipe responsável pelo trabalho, o impacto econômico da UnB vai além das dimensões de ensino, pesquisa, desenvolvimento, inovação e extensão. “Além disso, existe outro elemento, que é o impacto econômico da demanda gerada pela universidade”, relatou ao iniciar a apresentação da pesquisa por meio da UnBTV.

Segundo ela, o impacto no PIB, que é o valor adicionado, totaliza R$ 3 bilhões. “Desse total, R$ 2,5 bilhões no DF e R$ 500 milhões nas demais unidades federativas. Com relação ao emprego, são 44.998 só no DF, e 7.691 nas demais unidades federativas, o que totaliza 52.690 vagas”, disse a pesquisadora.

“Se compararmos com o orçamento da universidade, que é de R$ 1,7 bilhão, podemos ver que contribuímos, só no ano passado, com mais de R$ 2,4 bilhões. Ou seja, além de girarmos a economia com R$ 700 milhões a mais do que recebemos, também retornamos para a sociedade graduados, mestres e doutores de excelente nível”, acrescentou a reitora da UnB, Márcia Abrahão.

Impostos

A pesquisa mostra ainda que a UnB gera R$ 345,4 milhões em arrecadação de impostos indiretos. Deste total, R$ 276,9 milhões vão para o governo do Distrito Federal e R$ 68,5 milhões para as demais unidades federativas.

A pesquisa contou com a participação de 395 colaboradores da UnB, entre servidores e terceirizados entrevistados. Maria Carolina explica que o resultado foi ampliado tendo por base toda a folha de pagamento da universidade.

O levantamento concluiu que 11% da renda de servidores e terceirizados vão para a poupança, 10% são gastos com atividades imobiliárias, mesmo percentual do gasto com hipermercados e supermercados. A saúde privada responde por 9% dos gastos e 7% são gastos com comércio e reparação de veículos. Ainda segundo a pesquisa, 7% da renda têm como destino gastos fora do DF; 6%, alimentação; e 5%, educação privada.

Em uma consulta feita a 315 alunos que procedentes de outras unidades federativas, constatou-se que cada estudante gasta mensalmente R$ 611,81 com atividades imobiliárias (aluguel e pensão); R$ 295 em supermercados e hipermercados; R$ 246,29 com alimentação fora do domicílio; R$ 161,20 com transporte rodoviário de passageiros; R$ 87,45 com transporte aéreo; R$ 86,88 com telecomunicações; R$ 75,66 com combustíveis e lubrificantes; R$ 73,57 com comércio de vestuário e calçados.

Cerca de 35% dos alunos da UnB vêm de outras unidades federativas, que deixam de consumir em seus estados para passar a consumir no DF.

“Vale destacar que o resultado para os outros estados é também positivo, uma vez que os efeitos [econômicos da UnB] são notados também em outras regiões, em valor maior do que [o correspondente] a redução dos alunos vindos para o DF”, acrescentou a pesquisadora, referindo-se aos impactos percebidos, tanto em termos de PIB quanto de arrecadação para outras unidades federativas, a partir das demandas geradas pela universidade.

Tendo como recorte os alunos que já residiam no DF, a pesquisa constatou que, mensalmente, cada aluno gasta R$ 464,09 com atividades imobiliárias; R$ 359,60 em supermercados e hipermercados; R$ 322,63 com alimentação fora do domicílio; R$ 210,10 em combustíveis e lubrificantes; R$ 197,43 com saúde privada; R$ 149,95 com comércio e reparação de veículos; R$ 149,16 em construção e manutenção do domicílio; e R$ 139,48 com serviços financeiros.

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