Fuja da malha fina

Imposto de Renda 2021: conheça os seis erros mais comuns na hora de fazer a declaração

Os contribuintes têm até às 23h59 do dia 30 de abril para enviar a declaração

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O Plenário do Senado aprovou, na última terça-feira (7), uma proposta que prorroga o prazo da entrega da declaração do Imposto de Renda para o dia 31 de julho. Porém, enquanto o texto passa novamente pela análise da Câmara dos Deputados, segue valendo a data original, até às 23h59 do dia 30 de abril. 

Por isso, é preciso que os contribuintes se adiantem aos prazos e busquem informações referentes ao processo para evitar cair na malha fina, ou seja, ter a declaração retida pela Receita Federal.

"Existem inconsistências ou erros no lançamento que não geram aviso por parte do sistema da Receita. Dessa forma, a pessoa só fica sabendo quando já caiu na malha fina" alerta o professor de finanças nos cursos de Ciências Contábeis e Administração no Centro Universitário Newton Paiva, Lucio Flavio Bicalho. 

Para facilitar a vida dos contribuintes, ele reuniu os principais erros a serem evitados no momento da declaração:

Confira regras e prazos do Imposto de Renda 2021

1. Despesas médicas sem comprovação ou lançamento de valores incorretos

Segundo Bicalho, esse é um dos principais erros cometidos pelos contribuintes: "É importante lançar os valores corretamente, pois essas informações são comparadas às que constam na Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed), que é um registro de todos os serviços prestados nessa área. Também é importante informar se houve reembolso de parte dos valores pagos".

2. Esquecer de lançar as receitas dos dependentes

O professor ressalta que este também é um erro bastante comum, pois muitas vezes o dependente é um jovem que trabalhou somente alguns meses no ano, como em um trabalho temporário. Também é importante lembrar que, para dependentes aposentados (pais ou avós), deve-se lançar o valor da sua aposentadoria.

3. Deixar de declarar as receitas com aluguéis

Tanto o proprietário quanto o inquilino devem lançar os valores referentes aos aluguéis pagos ou recebidos. "Quem paga, deve lançar em pagamentos efetuados (mesmo não sendo dedutível para o Imposto de Renda) e quem recebe deve lançar como receita na ficha de Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa física e do exterior", orienta o especialista.

4. Incluir um dependente em mais de uma declaração

"O caso mais típico é de casais separados que lançam os filhos como dependentes nas suas respectivas declarações. Atualmente, a Receita é exigente quanto a isso, principalmente considerando que todo dependente é obrigado a possuir e informar o CPF", explica o professor.

5. Aumento do patrimônio incompatível com os rendimentos

Um possível aumento no patrimônio em valores incompatíveis com o total de receitas do contribuinte é também causa de inclusão na malha fina. Alguns fatores podem levar a essa situação, como rendimentos informais e doações recebidas e não declaradas.

6. Omissão de receitas ou rendimentos

Por fim, o especialista chama atenção para a importância de lançar todos os rendimentos e demais receitas: "É comum vermos pessoas que têm outras fontes de renda, além daquela principal, e que não declaram algumas delas. Por exemplo, quem tem um segundo emprego, aposentados que ainda atuam no mercado e pessoas que fazem trabalhos esporádicos. Todos esses rendimentos devem ser declarados, mesmo que sejam valores pouco significativos".

Com informações da Assessoria de Imprensa do Centro Universitário Newton Paiva

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