Após o incêndio de grandes proporções que atingiu o Shopping 25, no Brás, centro comercial de São Paulo, aproximadamente 280 lojistas foram realocados para continuar suas atividades.
Com subsídio da Prefeitura de São Paulo por seis meses, eles assinaram contratos com a concessionária Circuito de Compras — Feira da Madrugada, também localizada na região.
O subsídio faz parte de uma ação emergencial coordenada pela prefeitura para ajudar os lojistas atingidos a retomarem seus negócios.
Além da realocação, o governo de São Paulo disponibilizou R$ 100 milhões em linhas de crédito para os comerciantes afetados.
A Desenvolve SP, instituição financeira do estado, iniciou o atendimento presencial no Circuito de Compras, oferecendo duas opções de financiamento: uma linha de investimento, com limite de até R$ 300 mil, e outra de capital de giro, com teto de R$ 100 mil.
Esses recursos visam apoiar o recomeço dos lojistas e minimizar os prejuízos causados pelo incêndio.
O incêndio, que começou na manhã de 30 de setembro, destruiu mais de 200 pequenas lojas no Shopping 25, e o edifício segue interditado pela Subprefeitura da Mooca e pela Defesa Civil.
A Rua Barão de Ladário, onde o shopping está localizado, foi liberada para o tráfego de veículos, mas o prédio continua sob investigação das autoridades para determinar as causas do incêndio.
O Ministério Público de São Paulo também abriu um inquérito civil para investigar as condições de funcionamento do imóvel, uma vez que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) estava vencido desde agosto deste ano.
Além dos lojistas dentro do shopping, cerca de 250 comerciantes das imediações também tiveram suas atividades impactadas, resultando em uma perda estimada entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões nos dois dias de interdição para o controle das chamas.
O presidente da Associação dos Lojistas do Brás (Alobrás), Fauze Yunes, destacou que os estabelecimentos próximos ao incêndio foram fortemente afetados, principalmente aqueles vizinhos de parede do shopping, e estimou o prejuízo total para a região em aproximadamente R$ 25 milhões.
A Maxim Administração e Participações, empresa em nome de Hwu Su Chiu Law, conhecida como Miriam Law e esposa do empresário Law Kin Chong, detém a propriedade do shopping.
Chong é um conhecido empresário de São Paulo, dono de vários imóveis comerciais, principalmente na Rua 25 de Março, e já foi preso por contrabando e tentativa de suborno.
Em resposta às frequentes apreensões de produtos ilegais em seus estabelecimentos, a empresa alega ser apenas administradora dos prédios e sublocadora dos espaços, o que faz com que a responsabilidade pelo conteúdo das lojas recai sobre os comerciantes que alugam os espaços.
Com informações de Metrópoles.