O mercado imobiliário continua bastante aquecido e em trajetória de recuperação, com dados positivos sobre a concessão de financiamentos. O crédito imobiliário baseado em recursos da caderneta de poupança cresceu 26,4% de janeiro a agosto de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Dessa forma, Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e presidente da comissão imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) acreditam que “os bancos é que começaram a correr atrás das incorporadoras para oferecer empréstimo para a construção de novos empreendimentos”.
A Caixa Econômica Federal anunciou redução de 100 pontos base no custo do financiamento imobiliário. De 8,5% ao mais Taxa Referencial (TR) para 7,5% ao ano mais a TR.
Portanto, acreditamos que as notícias demonstram o bom momento para o setor de construção civil. Os dados indicam um aumento da demanda por imóveis e melhores condições para o crescimento do crédito imobiliário. Não à toa, o índice de ações do setor imobiliário (IMOB) na B3 tem alta de 33,5% em 2019, comparado a 15,8% de valorização do Ibovespa e a 14,3% para índice de fundos imobiliários (IFIX).
O principal catalisador para o setor é a queda da taxa de juros. A projeção atual da taxa Selic é de 4,75% em dezembro de 2019. Além disso, espera-se crescimento do volume de lançamentos.
Logo, as empresas deverão divulgar o resultado operacional do terceiro trimestre de 2019. Assim, os números devem ser fortes para lançamentos e vendas.
Por fim, esperamos que o bom momento para as empresas do setor continue. Acreditamos no impacto positivo para as ações das empresas mais voltadas ao segmento de média e alta renda (Cyrela, Even, Eztec, Gafisa, Helbor, Tecnisa e Trisul). Dessas, Eztec, Helbor, Tecnisa e Trisul foram a mercado e fizeram ofertas subsequentes de ações (follow-on) para levantar recursos para acelerar o crescimento em 2019.