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Inflação é destaque da agenda da próxima semana com IPCA no Brasil e CPI nos EUA

O dado de junho, que será divulgado na próxima terça-feira (11) às 9h, pelo IBGE, é um dos indicadores mais esperados do ano pelos economistas

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O IPCA (inflação oficial) de junho, que será divulgado na próxima terça-feira (11) às 9h, pelo IBGE, é um dos indicadores mais esperados do ano pelos economistas.

Ele pode ser o sinal definitivo de que o Banco Central inicie o ciclo de corte na taxa de juros na próxima reunião do Copom em 2 de agosto. 

O consenso entre os economistas é de que tenha havido deflação na economia brasileira, ou seja, queda geral dos preços no mês passado.

Em maio, o IPCA subiu 0,23% em relação ao mês anterior, abaixo da estimativa de 0,33% do consenso de mercado, derrubando o acumulado em 12 meses para 3,94%.

Junho marcaria, dessa forma, a primeira deflação mensal desde outubro do ano passado, dando sequência à desaceleração da inflação anualizada, que foi iniciada em agosto do ano passado, exatamente no mesmo mês em que o Copom encerrou o ciclo de aperto monetário ao manter a taxa Selic em 13,75% e nas reuniões seguintes.

Antes do IPCA, as atenções estarão voltadas para a divulgação da inflação ao consumidor (IPC, ou CPI na sigla em inglês) e ao produtor na China, ainda no domingo (9) às 22h30 (horário de Brasília).

Diferentemente do Brasil, a economia chinesa tem um nível de preços estável, resultado de dificuldades em manter uma atividade econômica robusta após o fim da política de Covid-zero no país, registrando 4 deflações seguidas entre fevereiro e maio, o que derrubou a inflação no acumulado em 12 meses para 0,2% em maio.

A grande estrela da semana é a divulgação da inflação ao consumidor dos EUA na quarta-feira, às 09h30 (horário de Brasília).

Os dirigentes do Federal Reserve vão monitorar se a inflação continua “inaceitavelmente alta”, conforme descrito na ata da última reunião, especialmente no núcleo, que exclui da mensuração bens alimentícios e combustíveis.

Se o índice cheio no acumulado em 12 meses registra uma desaceleração do pico de 9,1% de julho de 2022 para 4% em maio deste ano, o mesmo não se pode afirmar em relação ao núcleo, que reduziu a alta de 6,6% em outubro do ano passado para 5,3% em maio. 

A expectativa é de que a inflação ao consumidor em junho tenha subido 0,3%, tanto no índice cheio quanto no núcleo de preços, de acordo com dados compilados pela Investing.

Se o indicador vier acima do esperado, crescem as chances de o Fed permanecer com um discurso hawkish por mais tempo que o esperado atualmente pelo mercado. 

(Informações do Investing)

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