Reversão

Inter: Ações podem subir 73% após queda recente torná-las interessantes, diz BTG

Inter deve se beneficiar da atual política monetária no país, segundo o BTG, já que suas margens podem ser parcialmente protegidas por uma alta posição de capital e saldo de flutuação dos clientes, que deve render muito mais graças ao avanço da taxa Selic

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Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Desde que o Banco Inter (SA:BIDI11) atingiu o seu preço máximo de R$ 85 em julho de 2021, as suas ações já perderam 76% do seu valor. Ainda assim, para o BTG Pactual (SA:BPAC11), isso torna o ativo ainda mais interessante, já que os riscos apresentados até agora são de curto prazo e tendem a ser revertidos até o final do ano.

Entre os principais fatores que justificam a queda no preço do Inter estão a deterioração do cenário macroeconômico e o maior custo de oportunidade (ações similares e estabelecidads mais atrativas) para se investir na ação, com base no Cost of Equity (CoE). Esses elementos impactaram empresas de alto crescimento com boas avaliações, mas que ainda possuem uma rentabilidade, como o Inter.

Além disso, as ações também foram afetadas pela desistência da listagem da Inter Platform nos EUA, que estava prevista para dezembro do ano passado. Para o BTG, porém, a retomada desses planos não deve ser uma urgência para o Inter, já que o banco está com uma capitalização alta, com um índice BIS superior aos 40%.

Outra questão relevante para essa queda nos preços do ativo está na projeção do Inter de que pelo menos 50% das suas receitas venham de offshores, principalmente dos EUA, até 2025, como foi divulgado no Investor Day em dezembro passado. Isso gerou preocupações nos investidores de que o banco esteja perdendo o foco no Brasil e que o custo de um crescimento tão ambicioso possa prejudicar o ROE por vários anos.

Por outro lado, o Inter deve se beneficiar da atual política monetária no país, segundo o BTG, já que suas margens podem ser parcialmente protegidas por uma alta posição de capital e saldo de flutuação dos clientes, que deve render muito mais graças ao avanço da taxa Selic.

O BTG analisa que o Inter está sendo negociado a um P/VPA de 2,1x, o que é algo atrativo se considerado que ele é um dos maiores bancos digitais no país. A relação preço/cliente de US$ 200 também está descontada, considerando que durante os piores momentos da pandemia em 2020 esse valor era de US$ 279 e que o concorrente Nubank (SA:NUBR33) (NYSE:NU), por exemplo, está com essa relação em US$ 736.

Assim, levando em conta esse cenário, o BTG recomenda a compra das ações do Inter, com um preço-alvo de R$ 36, com potencial de valorização de 73,9% em relação à cotação de fechamento de terça-feira (18).

Às 16h56, as ações do Inter disparavam 7,63%, a R$ 22,28, com mínima em R$ 20,93 e máxima em R$ 22,80.

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