Recomendações

Inter (INBR31): UBS BB avalia como positiva a alta na taxa cobrada em juros do cartão de crédito

Para o banco estrangeiro, a fintech brasileira adaptou a sua política de preços para reduzir a diferença com os outros players e deve ganhar mais espaço no mercado

- divulgação
- divulgação

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – A mudança de estratégia sobre o cartão de crédito adotada pelo Banco Inter (INBR31) deve trazer resultados positivos para a companhia já no 2T22, mas especialmente a partir do próximo, segundo o UBB BB.

Para o banco estrangeiro, a fintech brasileira adaptou a sua política de preços para reduzir a diferença com os outros players e deve estar ganhando mais espaço no mercado.

Às 12:04 desta terça-feira (26), as ações do Inter negociadas nos Estados Unidos caem 3,97%, a US$ 2,90. Às 11:50, os BDRs (INBR31) perdiam 1,40%, a R$ 15,50.

Com o aumento dos juros básicos no Brasil, o Inter aproveitou o momento para elevar as taxas cobradas sobre os clientes.

A taxa de juros do cartão de crédito rotativo saltou de 118% ao ano em 27 de junho para 261% em 4 de julho, enquanto no cartão de crédito parcelado passou de 100% ao ano para 179% no mesmo período. 

Para o UBS BB, essas taxas mais elevadas devem sustentar os resultados do Banco Inter no 3T22, principalmente devido aos problemas de qualidade dos ativos relacionados aos produtos de cartão de crédito que estão em destaque no Brasil.

Isso porque o banco digital costumava ter taxas menores que as praticadas no mercado historicamente. Desde 3T20, os juros cobrados pelo Inter ficaram na média de 74% ao ano, enquanto a média da concorrência era de 163% ao ano. 

O mesmo vale para empréstimos rotativos do cartão de crédito. Na média, o Inter cobrava uma taxa de 94% ao ano, contra 364% do setor. 

Com as recentes mudanças na política de cartão de crédito do Inter, a diferença desapareceu para empréstimos parcelados, enquanto diminuiu para 140 pontos percentuais para empréstimos rotativos, destaca o UBS BB. 

Além disso, outro aspecto que tende a ser positivo para o Inter é o crescimento do volume de transações com o cartão do banco digital, que atingiu 5,8 milhões de cartões ativos no 1T22, enquanto o seu volume médio mensal de compras por cartão atingiu R$ 816 nos últimos 12 meses.

Isso faz com o que o UBS BB acredite que o Inter tenha ganhado uma participação no mercado sobre os demais concorrentes no 2T22.

Assim, o UBS BB assume uma indicação de compra sobre as ações do Inter, com preço-alvo de US$ 6. A análise leva em conta um P/BV de 1,4x 23E para um ROAE de longo prazo de 18%. 

Sair da versão mobile