O mercado global de fintechs (startups de produtos financeiros) está em pleno crescimento, com aumento nos investimentos do setor entre o segundo semestre do ano passado e os primeiros seis meses deste ano, apontou o relatório “Números recentes de investimentos em fintechs: do global ao regional”, produzido pela KPMG.
Em números, os investimentos cresceram 13% e passaram de US$ 87 trilhões para US$ 98 trilhões durante o período.
De acordo com o estudo, a pandemia e as medidas restritivas que os países precisaram adotar para conter os efeitos da COVID-19 tiveram um impacto positivo na aceleração digital, na transformação das organizações e, principalmente, na taxa de criação e desenvolvimento das empresas digitais, estimulando os investimentos no setor.
Neste cenário, entre os principais estímulos para a realização de transformações no mercado, podem-se destacar os seguintes: o reconhecimento de que os comportamentos digitais dos consumidores vieram para ficar; o maior interesse dos investidores por uma gama mais ampla de subsetores associados às fintechs; o surgimento de criptomoedas (moedas digitais descentralizadas) e do blockchain (sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet); e a realização de operações de fusões e aquisições como ferramenta fundamental neste processo de mudança das empresas para companhias digitais.
O relatório também mostrou que a América do Sul se adaptou às tendências globais e as estatísticas de investimentos em fintechs são expressivas. No primeiro semestre deste ano, alguns negócios firmados por empresas locais conseguiram ocupar as primeiras posições nos subsetores.
Por fim, o estudo apontou ainda que a região está em pleno crescimento e desenvolvimento em termos de startups de produtos financeiros. O número de bancos digitais e das empresas associadas aos subsetores deste mercado cresceu de maneira acelerada, especialmente no que se refere aos meios de pagamento a partir de investimentos privados e daqueles realizados por meio de capital de risco e de novas fusões e aquisições, que se tornaram uma modalidade crescente após a pandemia.