O que influencia o dia

Deflação em setembro, Lula vs. Bolsonaro, falas do Fed e mais: as principais notícias de hoje (11)

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentarão os ambientes de negócios no Brasil e no exterior nesta terça-feira

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do exterior nesta terça-feira (11).

Resumo

Investidores monitoram nesta terça-feira (11) a reunião emergencial do G7 para discutir as tensões da guerra na Ucrânia e possíveis novas sanções contra a Rússia

Ocorrem hoje a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Cidades chinesas voltaram a impor novos bloqueios e restrições a viagens depois que o número de novos casos diário de Covid-19 triplicou durante o Dia da China.

(E-investidor)

Commodities

Os preços do petróleo, que tinham subido nos últimos dias, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortar a produção, caíram na segunda-feira (10). Os contratos dos barris do tipo Brent – usado nas negociações internacionais – fecharam a US$ 96,19, com queda de 1,8%. Esta foi a primeira baixa depois de cinco altas seguidas.

(Agência Brasil e Reuters)

O American Petroleum Institute divulga seus dados de inventário semanais às 17:30, como de costume. 

(Investing.com Brasil)

Os estoques de minério de ferro nos portos da China caíram para o menor nível desde julho, para 131,9m de toneladas, que somados com alguns alertas de problemas climáticos na Austrália e uma maior demanda por aço, influenciam positivamente o preço do minério, que subiu 1,8% ontem.

(Genial Investimentos)

Brasil

Ibovespa e dólar na sessão anterior

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (10) vendido a R$ 5,191, com queda de R$ 0,022 (-0,42%). O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 115.941 pontos, com queda de 0,37%.

Apesar do feriado nos Estados Unidos, as bolsas norte-americanas funcionaram e caíram pelo receio de uma recessão global e pelo agravamento da guerra no Leste Europeu.

Na segunda-feira (10), a Rússia bombardeou diversas cidades ucranianas em retaliação à destruição parcial de uma ponte na região da Crimeia, no fim de semana.

(Agência Brasil e Reuters)

Indicadores Econômicos

IPCA – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi divulgado às 9:00 desta terça-feira (11).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de -0,29%, terceiro mês seguido de deflação. A queda foi menos intensa do que as registradas em julho (-0,68%) e agosto (-0,36%). No ano, a inflação acumulada é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%. Os dados foram divulgados hoje (11) pelo IBGE.

O grupo dos transportes (-1,98%) exerceu o maior impacto negativo sobre o índice geral, contribuindo com -0,41 ponto percentual (p.p.).  Este é o terceiro mês consecutivo de queda nos transportes.

“Os combustíveis e, principalmente, a gasolina têm um peso muito grande dentro do IPCA. Em julho, o efeito foi maior por conta da fixação da alíquota máxima de ICMS, mas, além disso, temos observado reduções no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras, o que tem contribuído para a continuidade da queda dos preços”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Em setembro, com queda de 8,33%, a gasolina exerceu o impacto negativo mais intenso no índice (-0,42 p.p.).

Os outros três combustíveis pesquisados também tiveram queda nos preços: etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%).

“O etanol, mesmo tendo um preço livre, acaba acompanhando a gasolina, pois é um produto substituto”, acrescenta Kislanov. No grupo, houve ainda o recuo nos preços das motocicletas (-0,08%), dos automóveis novos (-0,15%) e dos automóveis usados (-0,38%), que haviam subido em agosto.

(Agência de Notícias IBGE)

IPC-Fipe – O indicador subiu 0,22% na 1ª quadrissemana de outubro, após alta de 0,12% em setembro.

INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou deflação (queda de preços) de 0,32% em setembro deste ano. O resultado ficou próximo ao observado em agosto (-0,31%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

(Agência Brasil)

PIM – O índice nacional da produção industrial teve retração de 0,6% em agosto.

Houve quedas em sete dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. 

Segundo os resultados divulgados hoje (11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Pará o recuo foi de 6,2%, em Santa Catarina, 4,8%, no Espírito Santo, 3,9%, na Bahia, 2,8%, Minas Gerais, 1,9%, no Paraná, 1,5%, e no Ceará, 0,8%.

(Agência Brasil)

FMI – O Fundo Monetário Internacional passou a ver crescimento bem mais forte do Brasil neste ano, em linha com a tendência para a América Latina e Caribe, refletindo uma atividade mais forte do que o esperado no primeiro semestre.

Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado nesta terça-feira (11), o Fundo passou a ver expansão do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) em 2022 de 2,8%, 1,1 ponto percentual acima da estimativa anterior, feita em julho.

Para 2023, entretanto, a atividade deve registrar forte desaceleração, com crescimento de apenas 1%, de acordo com o FMI, que fez um ajuste de 0,1 ponto para baixo em sua estimativa para o ano.

Os novos números são parecidos com aqueles projetados pelo Banco Central, que vê expansão de 2,7% do PIB neste ano e de 1% no próximo. O Ministério da Economia também prevê expansão de 2,7% para o PIB em 2022, mas é bem mais otimista para 2023, enxergando alta de 2,5% no ano que vem.

(Agência Brasil e Reuters)

Eleições

Resumo geral – Além do cenário externo desfavorável, o investidor acompanha com preocupação a disputa eleitoral acirrada, ainda frustrado pela indefinição do programa de Lula e apreensivo com os riscos democráticos sinalizados por Bolsonaro.

STF – Interlocutores do presidente avaliaram ao jornalista Valdo Cruz (G1) que as novas ameaças ao Supremo Tribunal Federal são um “erro político grave”, que poderá custar a ele o voto de eleitores moderados no segundo turno.

Não se fala em outra coisa nas redes sociais e na mídia, que não seja a intenção de Bolsonaro de criar mais cinco cadeiras no STF, de modo a indicar nomes alinhados ao governo. Todo mundo associa a medida ao que fez Chávez na Venezuela.

Aí vai o líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP), e defende a proposta como “necessidade de enquadramento de um ativismo do Judiciário”, em entrevista à GloboNews. E reedita a ameaça do presidente.

“Se o Judiciário permanecer nesse nível de ativismo político (…), isso vai ter reação do Legislativo de forma muito severa.”

Pelo menos três ex-ministros do STF já detonaram a proposta. Para Marco Aurélio de Mello, “isso não passa de saudosismo da época da ditadura militar” e, para Celso de Mello, “a ideia costuma surgir de mentes autoritárias em períodos de exceção”.

Já segundo Ayres Britto, a proposta, inconstitucional, fere o artigo 101, que fixa em 11 o número de magistrados. “Não dá para fazer nem por emenda, porque precisaria mexer na lei orgânica da magistratura, prerrogativa privativa do Supremo.”

Ipec – Lula manteve 51% dos votos totais contra 42% de Bolsonaro. Nos votos válidos, a pesquisa aponta 55% a 45%.

Um dado positivo para Bolsonaro foi o crescimento da avaliação positiva de seu governo, com o “ótimo e bom” elevado de 35% para 38%, enquanto o “ruim e péssimo” recuou para 41%. Os níveis de rejeição também se aproximam.

Orçamento – Na manchete do Estadão, o futuro governo, seja quem for, assume em janeiro com o poder de controlar apenas 60% dos recursos federais destinados a investimentos. O resto está nas mãos do Congresso Nacional.

Quando assumiu, em 2019, Bolsonaro tinha o poder de manejar 80% dos investimentos. Acuado pelo Centrão, entregou uma grande parte desse montante (20%) por meio do orçamento secreto, que a cúpula do Legislativo se articula para blindar.

No STF, Rosa Weber deve julgar, após a eleição, um processo que pode acabar com essas emendas. Mas Lira, desde já, lidera um movimento para se antecipar, no trabalho em uma PEC que inclua o mecanismo e pode ser votada ainda este ano.

(Bom Dia Mercado)

Varejo paulista

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) projeta que as vendas cresçam R$ 800 milhões neste mês, em comparação ao mesmo período do ano passado, principalmente por causa do Dia das Crianças. Isso indicaria, segundo a federação, alta de 4% em relação ao registrado em outubro de 2021.

(Agência Brasil)

Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na segunda-feira (10) a ampliação do prazo de validade de vacinas Comirnaty (Pfizer-Wyeth) contra a Covid-19.

De acordo com o órgão, o prazo vai ser de quinze meses para o imunizante destinado a adultos, identificado com a tampa roxa. 

A Anvisa informou que a medida vale para vacinas com validade inicial de nove e 12 meses, que passarão a ter seis e três meses adicionais, respectivamente. 

A medida foi feita a partir da aprovação da gerência de produtos biológicos da agência. 

A vacina Comirnaty na versão pediátrica (tampas laranja e vinho) não tiveram alterações e continuam com prazo de validade de 12 meses. 

Em 24 horas, o país registrou 26 mortes e 4,6 mil casos da doença. Com os números de segunda-feira (10), o total de óbitos alcançou 686.877, desde o início da pandemia. O total de pessoas infectadas soma 34.724.189, e ainda existem 3.189 mortes em investigação.

(Agência Brasil)

EUA

Federal Reserve – O Federal Reserve ainda pode reduzir a inflação sem um aumento acentuado do desemprego, mesmo que continue a elevar a taxa de juros, disse o presidente da autoridade monetária em Chicago, Charles Evans, nesta segunda-feira (10).

Ele refutou a visão de que o Fed conduz o mundo e os Estados Unidos para uma forte contração econômica.

(Reuters)

CPI – No suspense com o CPI, o investidor desistiu de vez de apostar no Fed menos agressivo, mesmo porque, todo santo dia, os Fed boys têm tratado de lembrar não haver espaço para relaxar a guarda contra a inflação.

(Bom Dia Mercado)

Ásia

China – As vendas no varejo de automóveis de passageiros na China cresceram 21,5% em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, à medida que os problemas de logística e cadeia de suprimentos se estabilizaram após o lockdown para conter a covid-19 no início deste ano.

Fabricantes e revendedores de automóveis venderam 1,92 milhão de carros no varejo, 2,8% a mais em setembro do que em agosto, segundo dados divulgados pela Associação de Carros de Passageiros na China, divulgados nesta terça-feira, 11.

(O Estado de S.Paulo)

Europa

França – O governo francês disse nesta terça-feira que está pronto para intervir para encerrar uma greve de semanas nas refinarias de petróleo que deixou um terço dos postos de combustível do país em baixa e exacerbou a escassez global de derivados.

As paralisações e manutenções não planejadas nas refinarias na França administradas pelas grandes petroleiras TotalEnergies e ExxonMobil forçaram mais de 60% da capacidade nacional de refino a ficar indisponível e bloquearam a distribuição a partir de depósitos de combustíveis.

(Reuters)

Reino Unido – O Banco da Inglaterra estendeu sua intervenção no mercado de títulos do governo do Reino Unido, e citou um "risco material para a estabilidade financeira do Reino Unido", no mais claro alerta de que o forte aumento nas taxas de juros do mercado tem aumentado o estresse no sistema financeiro.

O Banco disse que vai usar suas atuais operações de estabilização do mercado de 65 bilhões de libras para comprar Gilts indexados, bem como seus equivalentes convencionais, o que indica que o que chamou de “dinâmica de venda de fogo” atingiu a parte mais segura do universo de investimentos do Reino Unido.

Enquanto os fundos de pensão lutam para levantar garantias para suas apostas em derivativos de taxas de juros.

A Associação de Pensões e Poupanças de Vida emitiu um comunicado assegurando aos pensionistas que os seus bens estavam seguros.

(Investing.com Brasil)

Criptomoedas

A Comissão Europeia, o braço executivo da UE que propõe e aplica a legislação, apresentou um projeto para monitorar em tempo real o mundo das finanças descentralizadas analisando os dados da rede Ethereum. 

(Portal do Bitcoin)

A Prefeitura do Rio de Janeiro autorizou o credenciamento de empresas que utilizarão criptomoedas para realizar operações de pagamento do IPTU 2023.

Segundo a administração, o município passa a ser o primeiro do Brasil a oferecer aos contribuintes este meio de pagamento de um tributo, que não vai ser limitado apenas a uma moeda digital.

(Agência Brasil)

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