O IRB Brasil RE (IRBR3) divulgou, na última segunda-feira (16/08), os resultados da companhia referentes ao segundo trimestre deste ano. O ressegurador apurou no período prejuízo líquido de R$ 206,9 milhões, o que indica melhora em relação ao mesmo período de 2020, quando reportou prejuízo de R$ 656,7 milhões – redução de 68,5%.
Nos primeiros seis meses de 2021, a melhora foi ainda maior e totalizou R$ 465 milhões, com prejuízo líquido de R$ 156,1 milhões, ante perdas de R$ 621,7 milhões no ano anterior.
Segundo a companhia, o resultado do segundo trimestre foi impactado pela conjuntura econômica que afetou globalmente o setor de resseguros, bem como por sinistros decorrentes de negócios descontinuados (run-off), com efeito de R$ 190,3 milhões, e por eventos não recorrentes (one-offs) de R$ 14,4 milhões.
A partir da exclusão de tais efeitos, run-off e one-off, o IRB teria apresentado um prejuízo líquido normalizado bem menor: R$ 31 milhões no segundo trimestre. Já no primeiro semestre, com a retirada dos contratos deficitários e dos efeitos não-recorrentes do resultado, a companhia teria registrado um lucro líquido normalizado de R$ 57,1 milhões.
No segundo trimestre, a companhia obteve resultado de subscrição superior ao verificado no mesmo período de 2020 em quase R$ 700 milhões.
O índice de sinistralidade da companhia no período apresentou uma redução importante de 39,6 p.p, ante o mesmo trimestre do ano anterior, passando de 135,3% para 95,7%. Excluindo-se os sinistros dos negócios descontinuados (run-off), o índice foi 84,7%.
O volume total de prêmios emitidos pelo IRB apresentou redução de 15,1% quando comparado com o mesmo período de 2020, tendo totalizado R$ 2,16 bilhões.
O prêmio emitido no Brasil correspondeu a R$ 1,24 bilhão, aumento de 6,6% na comparação com o segundo trimestre de 2020, decorrente do maior volume nas linhas de Vida (+42,9%), Rural (+34%) e outros (+34,5%).
Este acréscimo, de acordo com o IRB, foi parcialmente compensado pela redução de 50,6% no segmento Aviação, em virtude de ajustes decorrentes da descontinuidade de contratos, e pela queda de 21,6% no segmento Patrimonial.
Já os prêmios emitidos no exterior totalizaram R$ 919,3 milhões, o que representou redução de 33,3% em relação ao mesmo intervalo de 2020.
Esta diminuição, que em moeda constante totalizou 46%, está em linha com a estratégia de re-underwriting amplamente divulgada pela companhia e decorre do menor volume de prêmios emitidos nas linhas de Vida (-54,2%), Rural (-59,6%) e outros (-29,7%).
O vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores do IRB Brasil RE, Werner Süffert, destaca também a melhora no fluxo de caixa. "A companhia, pelo quarto trimestre consecutivo, apresentou uma geração de caixa operacional positiva. No semestre foram R$ 528 milhões e no trimestre R$ 352 milhões, o maior patamar da série histórica desde o início do ano passado", explica ele.
"É importante ressaltar que houve uma melhora significativa em todos os indicadores em relação a 2020 e que o segundo trimestre de 2021 ainda veio bastante afetado pelos negócios descontinuados a partir de julho do ano passado. Este efeito, porém, começa a perder força, enquanto os prêmios dos contratos mantidos e dos novos vão melhorando o resultado. Em resumo, a tendência é positiva", diz Süffert.
Com informações de FSB Comunicação.