O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou na última quarta-feira (25) a morte do jovem brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 16 anos, em um bombardeio israelense no Líbano.
Ali faleceu junto com seu pai, de nacionalidade paraguaia, durante um ataque na cidade de Kelya, localizada em uma região afetada pelo atual conflito entre Israel e o grupo Hezbollah.
O Itamaraty informou que está prestando apoio à família das vítimas, que reside em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Conflito no Líbano
A ofensiva israelense no Líbano intensificou-se nas últimas semanas, após o disparo de um míssil contra Tel-Aviv pelo Hezbollah, que foi interceptado pelo sistema de defesa de Israel.
O governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu justificou os bombardeios como uma resposta às ações do grupo militante, que opera em várias regiões do Líbano. Até o momento, mais de 600 pessoas morreram no país, em decorrência dos ataques.
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Durante sua participação em um evento em Nova York, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticou a postura de Netanyahu em relação ao conflito e à recusa em cumprir decisões das Nações Unidas.
Lula destacou a gravidade da situação no Líbano, que já soma mais de 620 mortos, incluindo mulheres e crianças, e mencionou o contexto de violência crescente também na Cisjordânia.
“O que estamos vendo é o maior número de mortos no Líbano desde a guerra civil que terminou em 1990. Além disso, mais de 5.700 pessoas ficaram feridas, e há um número alarmante de vítimas, incluindo crianças. Na Faixa de Gaza, a situação também é trágica, e o que está acontecendo pode ser descrito como genocídio”, afirmou o presidente brasileiro.
Apoio às famílias afetadas
Em nota oficial, o Itamaraty informou que já está em contato com os familiares de Ali Kamal Abdallah e de seu pai para oferecer o suporte necessário.
A comunidade internacional segue acompanhando de perto os desdobramentos do conflito no Oriente Médio, com expectativas de que medidas diplomáticas possam ser adotadas para amenizar a escalada da violência na região.
