Transações financeiras realizadas entre países estrangeiros, como a compra e venda de ações de empresas, títulos e moedas: esses são os elementos que compõem os chamados fluxos internacionais de capital.
Aqui no Brasil, por exemplo, os estrangeiros injetaram R$ 56 bilhões na B3 apenas no 4º trimestre de 2020 e contribuíram para a valorização do Ibovespa, nosso principal índice acionário, nesse período.
Além da alta momentânea com a injeção de capital, esses investidores tendem, segundo especialistas, a comprar ativos por um prazo maior, o que traz estabilidade para o nosso mercado. Desta forma, o preço das companhias apresenta um crescimento mais consistente.
Para definir o destino de seus recursos, os grandes fundos de investimentos globais — responsáveis pela maior parte dos fluxos internacionais — consideram o cenário político e econômico de cada país. Os estímulos econômicos em grandes economias, nos EUA, por exemplo, leva investidores internacionais a destinarem parcelas maiores de seus patrimônios recursos para países mais arriscados, como o Brasil.
Como os fluxos internacionais afetam os seus investimentos?
Boa parte dos estrangeiros que investem na B3 são investidores institucionais, ou seja, que movimentam grandes volumes de recursos. Na prática, isso significa que eles podem modificar o rumo dos índices acionários. Portanto, preste atenção nesse movimento, porque ele pode afetar o desempenho da sua carteira de investimento em renda variável.
O fluxo cambial estrangeiro também é outro fator importante. Isso porque os ativos da bolsa de valores podem subir ou descer dependendo da variação do dólar, por exemplo: se a moeda norte-americana estiver alta, papéis de empresas brasileiras que dependem de importação serão prejudicados e vice-versa.