Juro do cheque especial e do rotativo do cartão iniciam 2019 em alta; 1 milhão trocou por dívida mais barata

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Os clientes de instituições financeiras que caíram no rotativo do cartão de crédito ou usaram cheque especial iniciaram o ano pagando juros mais altos. Segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cheque especial subiu 3 pontos percentuais em janeiro em relação a dezembro, com projeção de 315,6% ao ano.

As regras do cheque especial mudaram no ano passado. Os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxas menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.

A taxa média do rotativo – calculada com base nos dados dos consumidores adimplentes e inadimplentes – aumentou 1,5 ponto percentual em relação a dezembro, chegando a 286,9% ao ano, no mês passado.
No caso do consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 263,1% ao ano em janeiro, com redução de 4,9 pontos percentuais em relação a dezembro.

O levantamento do Banco Central mostra ainda que a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 5,2 pontos percentuais de dezembro para janeiro ao ficar em 302,9% ao ano.

Crédito pessoal mais barato

Os dados do Banco Central mostraram ainda que as taxas do crédito pessoal ficaram em 116,5% ao ano em janeiro, com redução de 3 pontos percentuais na comparação com o mês anterior. A taxa do crédito consignado (desconto em folha de pagamento) ficou estável em 24,2% ao ano.

A taxa média de juros para as famílias subiu 2,5 pontos percentuais para 51,4% ao ano. A taxa média das empresas subiu 1,4 ponto percentual, atingindo 20,2% ao ano.

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, permaneceu em 4,8%. No caso das pessoas jurídicas, houve aumento de 0,2 ponto percentual para 2,9%. Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.

Bancos dizem que clientes estão indo para linhas mais baratas

Em janeiro, 1,07 milhão de clientes migrou do cheque especial rotativo para o empréstimo parcelado, a juros mais baixos, segundo levantamento feito pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). O volume de clientes que migrou para essa linha de crédito a menor custo equivale a um aumento de 32% na comparação com o mês anterior, segundo levantamento com 12 bancos, que representam cerca de 90%  do mercado brasileiro. Desde julho, quando entraram em vigor as novas regras de autorregulação da Federação para o assunto, 6,2 milhões de pessoas já optaram pela mudança de linha de crédito, reduzindo o custo do crédito obtido nos bancos.

Taxa média dos parcelados

A taxa de juros média dos empréstimos parcelados fechou janeiro no patamar de 3,4% a.m., queda de 0,1 pp em relação a dezembro de 2018, e muito mais baixos do que as taxas cobradas no cheque especial no mesmo período. Em janeiro, a taxa média de juros do cheque especial foi de 12,62% a.m., 0,2 pp menor do que a registrada em janeiro do ano passado, mês com a mesma sazonalidade.

As taxas de juros médias cobradas em empréstimos para pessoas físicas com recursos livres (em que os bancos não são obrigados a dar destinação específica para os recursos captados nem tem limitação de spread) caíram, em média, 23 p.p. no período de outubro de 2016 (quando começou o recente ciclo de queda da taxa Selic) a janeiro de 2019. Nesse mesmo período, a Selic recuou 7,75 p.p..

Nos empréstimos a pessoas jurídicas, o corte ficou em 10,02 p.p. no mesmo período, também nas operações com recursos livres. A taxa de juros média registrada nessas operações era de 30,2%, em outubro/2016, recuando para 20,2%, em janeiro/2019.

Com informações da Agência Brasil

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