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Justiça bloqueia R$ 726 mil do Grupo Bitcoin Banco por atraso em resgate; empresa diz que sofreu golpe de R$ 50 milhões

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A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 726 mil em contas de empresas do grupo Bitcoin Banco e de seu controlador, Claudio José de Oliveira, após um investidor pedir a tutela antecipada das contas sob alegação de que não conseguiu fazer o resgate em reais de seus Bitcoins desde 21 de maio. O cliente diz que é investidor cadastrado junto às empresas negociadoras de criptomoedas do grupo, controlado pela CLO Participações. Foram bloqueadas, além das contas da CLO Participações e de Oliveira, as das empresas NegocieCoins, e BitCurrency Moedas Digitais. Segundo o cliente, as corretoras digitais não autorizaram as transferências, alegando que as operações estavam temporariamente suspensas.

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Em sua decisão, o juiz Carlos Fakiani Macatti, de Barretos, chama a atenção que há urgência no pedido, pois ha perigo de dano, consistente em perda do patrimônio do requerente. “Ademais, verifica-se que todas as empresas, bem como a pessoa física, apontados no polo passivo da demanda, fazem parte de um grupo de empresas de moedas digitais, sendo que a concessão da tutela com o arresto do valor pleiteado é medida que se impõe.”

Os problemas do Grupo Bitcoin Banco começaram em maio. No dia 21, a controladora do grupo, a CLO Participações, anunciou no Twitter que o Banco Brasil Plural havia encerrado no dia anterior todas as contas do grupo. Por isso, estava limitando as operações das empresas a 5 bitcoins por cliente a cada 48 horas.

Dias depois, em 28 de maio, também em vídeo divulgado em sua rede social, o Bitcoin Banco informou que a empresa fora vítima de um golpe de uma quadrilha que teria desviado R$ 50 milhões de contas de clientes do grupo. E R$ 1,8 bilhão de reais teriam sido identificados como fraude dentro da plataforma, que inclui as empresas NegocieCoins, TemBTC, BATExchange e BitCurrency.

Por esses motivos, o Bitcoin Banco limitou os resgates em suas empresas a 1 Bitcoin ou R$ 10 mil por cliente até que fosse feita a auditoria de todo o sistema e todos os usuários identificados. As contas com suspeita de irregularidades foram bloqueadas Já contas que receberam depósitos suspeitos serão bloqueadas para saques. Oliveira deu um prazo até 5 de junho, ou seja, hoje, para regularizar as contas.

Em vídeo postado ontem, a empresa cita terem já sido pagos, desde o dia 20, R$ 50 milhões relativos a 4 mil saques. Foram analisados 3 milhões de registros e identificadas 20 mil transações suspeitas de fraude.

Segundo a revista “Amanhã”, a Delegacia de Estelionato de Curitiba recebeu denúncia de que a quadrilha estaria fazendo saques duplicados, valendo-se de uma vulnerabilidade na plataforma de operações de compra e venda de criptomoedas. Cerca de 30 nomes foram identificados e apresentados ao delegado Emanoel David, para abertura de inquérito.  Apenas um dos fraudadores conseguiu sacar R$ 2 milhões ilegalmente Os técnicos estão consultando toda a base de dados e movimentações feitas nos últimos três meses nas exchanges NegocieCoins, TemBTC e BATExchange, que somam mais de 100 mil clientes.

A empresa se comprometeu a reembolsar os clientes caso o valor dos Bitocoins suba no período de limitação de saques.

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