Trabalho

KPMG: com o início da vacinação, empresas esperam voltar aos escritórios no 2º semestre deste ano

39,4% dos empresários esperam que o retorno das empresas aos escritórios aconteça no segundo semestre deste ano

- Marc Mueller/Pexels
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39,4% dos empresários esperam que o retorno das empresas aos escritórios aconteça no segundo semestre deste ano. Outros 33,8% acreditam que esse movimento ocorra somente no ano que vem e 26,8% disseram que, ainda neste semestre, retomam às atividades presenciais. Esses foram os principais números da pesquisa "Como será o retorno aos escritórios" realizada pela consultoria KPMG com cerca de 360 empresários brasileiros, em março deste ano.

Quando questionados se pretendem manter na empresa o home office (trabalho em casa) pelos funcionários, 33,5% dos entrevistados declaram que esse sistema será mantido três vezes por semana. Essa periodicidade diminui para duas vezes no mesmo período para 23,8% deles. Já 14,9% vão manter o trabalho em casa durante toda a semana e 12,7% apenas disseram que não vão manter esse esquema remoto.

Ainda segundo o levantamento, o anúncio feito pelas autoridades de saúde sobre o surgimento de novas cepas do coronavírus em circulação no país afetou o cronograma de retorno aos escritórios para 73,9% dos entrevistados. Apenas 26,04% alegaram que não.

"A suspensão do uso dos escritórios pelos funcionários foi uma das primeiras medidas implementadas pelas empresas não só no Brasil, como no mundo todo, como forma de frear a disseminação do vírus da covid-19. O levantamento nos indica que esse panorama pode começar mudar. Também ficou claro que o sistema híbrido de trabalho (parte remota e parte residencial) é uma tendência que veio para ficar", afirma o sócio de clientes e mercados da KPMG no Brasil e América do Sul, Jean Paraskevopoulos.

Manutenção das regras e redução do espaço físico
Quando perguntados, se a empresa vai manter as regras de combate à disseminação ao vírus, mesmo com a vacinação, a maioria (49,03%) disse que vai continuar implementando todas as ações de proteção como uso de máscara, utilização de álcool em gel, restrição de circulação, distanciamento entre baias e redução de pessoal nos escritórios.

Já 32,1% vão manter o uso de máscara de proteção e utilização de álcool em gel; 9,9% vão continuar com a redução de pessoal nos escritórios; 2,49% optaram pelo uso de aplicativo de controle de ocupação predial; 1,9% pretendem manter o distanciamento entre baias; enquanto 1,3% vão implantar um sistema de restrição de circulação.

Entretanto, 3,05% alegaram que não vão continuar com as medidas sugeridas pelas autoridades de saúde.

Sobre a redução do espaço físico durante a pandemia, 48,4% dos entrevistados disseram que essa mudança não foi feita no ambiente de trabalho. Outros 37,6% afirmaram que reduziram e que pretendem manter o espaço atual e 13,8% confirmaram que também reduziram, mas esperam retomar o espaço anterior.

Sobre a pesquisa
Os líderes das empresas estavam localizados nos seguintes estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe.

Com relação ao setor em que a empresa dos entrevistados atua, estão incluídos agronegócio, mercado industrial, consumo e varejo, energia e recursos naturais, governo, saúde e ciências da vida, infraestrutura, ONGs, serviços financeiros, tecnologia, mídia, esportes, telecomunicações e outros serviços.

Com informações de Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação (RV&A).

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