A Lituânia vota neste domingo (12/05) para o primeiro turno das eleições presidenciais para sucessão da atual presidente, Dalia Grybauskaite, que não pode se candidatar novamente, após dois mandatos de cinco anos. País báltico e membro da União Europeia (UE) luta contra o rápido declínio populacional, altos índices de desigualdade de renda e de desemprego.
Foram convocados 2,4 milhões de eleitores para escolher entre nove candidatos. As sondagens indicam que apenas três deles têm chance de chegar ao segundo turno: a ex-ministra das Finanças Ingrida Simonyte, 44 anos, apoiada pelos conservadores, o primeiro-ministro de centro-direita, Saulius Skvernelis, 48 anos, e o economista independente Gitanas Nauseda, 54 anos.
Simonyte é popular entre a classe média urbana, enquanto a campanha populista de Skvernelis agrada nas zonas rurais menos favorecidas. Nauseda propõe diminuir o fosso entre ricos e pobres no país com 2,8 milhões de habitantes.
Se nenhum deles conseguir a maioria dos votos válidos, os dois com melhores colocações se enfrentarão num segundo turno, marcado para 26 de maio.
Todos os candidatos são partidários convictos da União Europeia (UE) e da Otan, considerada uma muralha contra o vizinho russo, fonte de temores, principalmente após a intervenção militar de Moscou na Ucrânia em 2014.
Na Lituânia, o presidente não exerce o poder político quotidiano, mas pode vetar leis, estabelecer políticas externas e de defesa e nomear os ministros e os chefes militares, na maioria das vezes, após o aval do primeiro-ministro ou do Parlamento.
A Lituânia luta contra o declínio da sua população, em parte devido à emigração para a Europa Ocidental por pessoas que buscam melhores condições de vida. O crescimento econômico do país do Leste Europeu melhorou, mas a pobreza, a desigualdade de renda e o desemprego continuam altos.
Independente após a guerra de 1914-1918, a Lituânia foi anexada pela URSS durante a Segunda Guerra Mundial e foi o primeiro país a proclamar sua independência em 1990, um ano antes da dissolução da União Soviética.
É membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte e da UE desde 2004, tendo passado a integrar a zona euro em 2015.