A maioria das gestoras de recursos no Brasil acredita que o Ibovespa, principal índice da B3, ainda não chegou ao seu ponto mais baixo em 2020, mesmo tendo atingido 63 mil pontos na segunda-feira (23). Essa é uma das conclusões de enquete realizada com 123 gestores pelo Bradesco BBI, o braço de investimentos de um dos maiores bancos do país.
Segundo o levantamento, 37% dos entrevistados acreditam que o Ibovespa descerá até a faixa entre 50 mil e 55 mil pontos por causa do coronavírus, enquanto 29% elegeram o intervalo de 56 mil a 60 mil pontos como piso.
A pesquisa revelou que o “gatilho” principal para que os gestores voltem a comprar ações no Brasil seria desaceleração significativa do contágio do Coronavírus, enquanto atribuiu-se importância bem menor para valuation (valor de mercado da empresa detentora da ação) e reação de política econômica, por exemplo. A ação preferida desse público é a VALE3, da mineradora Vale, e a ação menos preferida, a CVCB3, da companhia de viagens do mesmo nome.
Projeções para PIB, dólar e Selic
O Bradesco BBI também perguntou aos gestores de recursos quais eram as projeções para três dos principais indicadores da economia brasileira: o Produto Interno Bruto (PIB), o dólar comercial e a taxa de juros básicos, a Selic.
A maior parte dos gestores definiu que em 2020 o PIB cairá entre 1,0% e 1,9%, e em 2021, crescerá entre 2% e 3%.
Já a projeção para o dólar comercial, no fim de 2020, é de R$ 4,91 a R$ 5,10 para 31% dos entrevistados, mesmo percentual que acredita que a cotação estará acima de R$ 5,10.
Por fim, para a Selic a estimativa de é de que a taxa estará em 3,0% ao ano no fim de 2020. Hoje, a Selic está vigorando a 3,75% ao ano.