Analistas e economistas do mercado financeiro reviram para baixo suas estimativas para a inflação deste ano e para os juros no ano que vem, mostra pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) e divulgada no relatório Focus. A mediana (indicações mais frequentes) para a inflação do IPCA, usado pelo BC em suas metas de inflação, caiu de 3,54% na semana anterior para 3,45% na semana passada, e de 3,82% para 3,80% para o ano que vem. Também a projeção do IGP-M, usado nos reajustes de contratos como de aluguéis, caiu de 5,48% para 5,07% neste ano e de 4,07% para 4,05% no ano que vem.
Outra mudança foi nas projeções de juros. A expectativa para a taxa básica Selic para o fim deste ano ficou em 5%, mas para 2020 passou de 5,25% para 5%. Ou seja, o mercado acredita que o juro cai até dezembro e fica em 5% até o fim do ano que vem. O juro só voltaria a subir em 2021, quando voltaria para 7% ao ano.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na terça e na quarta-feira para definir a taxa de juros e a expectativa é que a Selic caia de 6% ao ano para 5,5% ao ano.
A projeção para o dólar subiu, de R$ 3,87 para R$ 3,90 no fim deste ano e de R$ 3,85 para R$ 3,90 para o ano que vem.
Já a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país ficou estável para este ano, em 0,87%, e caiu ligeiramente para o ano que vem, de 2,07% para 2%. Prossegue, portanto, o pessimismo com a retomada da economia, apesar dos avanços na reforma da Previdência e das medidas de incentivo do governo.
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