Por Senad Karaahmetovic, da Investing.com – A Microsoft Corp. (NASDAQ:MSFT) (MSFT34) registrou receita e LPA abaixo das expectativas para o 4º tri fiscal, mas suas ações, mesmo assim, subiam 3,5% antes da abertura em Nova York.
A MSFT reportou um lucro de US$ 2,23 por ação no 4º tri fiscal, ficando aquém das estimativas consensuais de US$ 2,29. A receita foi de US$ 51,87 bilhões, um pouco abaixo da projeção consensual de US$ 52,45 bilhões. A unidade de Intelligent Cloud da companhia faturou US$ 20,91 bilhões, enquanto os analistas esperavam US$ 21,07 bilhões.
A Microsoft registrou US$ 126 milhões em despesas operacionais após sua decisão de suspender as vendas na Rússia, enquanto os custos com cortes de colaboradores totalizaram US$ 113 milhões. Movimentos cambiais adversos tiveram um impacto de US$ 595 milhões na receita e de US$ 0,04 no LPA em seu quarto trimestre fiscal.
A gigante do software disse que espera um crescimento de dois dígitos nas vendas para o ano fiscal de 2023, o que fez com que suas ações saltassem quase 4%.
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Um analista do Goldman Sachs (NYSE:GS) reiterou a recomendação de compra e o preço-alvo de US$ 365 por ação em MSFT. O analista considera que a tese de alta no longo prazo está intacta, pois:
“As estimativas refletem plenamente o potencial de uma recessão mais profunda, embora acreditemos que as migrações para a nuvem possam ajudar a isolar o risco no faturamento. As perspectivas de longo prazo para a Microsoft são favoráveis por ainda estarmos nos estágios iniciais da digitalização, com os serviços na nuvem abaixo de 1% do PIB global”, disse o analista em nota aos clientes.
Um analista da Oppenheimer disse que os resultados mostraram que os desafios macro estão prejudicando a Microsoft, mas isso está sendo compensado por ganhos de participação de mercado em TI.
“Estamos cautelosos com um ambiente extremamente adverso, mas a poderosa plataforma da Microsoft está se beneficiando da megatendência de transformação digital. A empresa está agora explorando isso ao adicionar segurança, publicidade, comunicações, CRM, etc. em uma estratégia de baixo custo, mais adequada para uma recessão, auxiliada por vantagens de escala”, escreveu o analista em uma nota de pesquisa.
