Agricultura

Milho e soja recuam por preocupação com exportações dos EUA após furacão Ida

Contratos futuros negociados recuaram cerca de 2% nesta quarta-feira (1)

Colheita de soja em Roachdale, no estado norte-americano de Indiana - Bryan Woolston - Reuters
Colheita de soja em Roachdale, no estado norte-americano de Indiana - Bryan Woolston - Reuters

Por Julie Ingwersen, da Reuters – Os contratos futuros do milho negociados nos Estados Unidos recuaram cerca de 2% nesta quarta-feira (1), com o contrato dezembro atingindo uma mínima de sete semanas, à medida que preocupações com atrasos nos embarques na Costa do Golfo dos EUA desencadearam uma rodada de liquidação de posições compradas, disseram analistas.

Os futuros da soja tocaram a mínima em dois meses, e o trigo também seguiu a tendência de mercado. Os fundos de commodities mantêm posições compradas líquidas nos futuros de milho e soja negociados em Chicago, o que deixa ambos os mercados vulneráveis a liquidações.

O milho para dezembro fechou em queda de 11,50 centavos de dólar, a 5,2275 dólares por bushel, após recuar para 5,1825 dólares, mínima do contrato desde 12 de julho.

O contrato novembro da soja fechou em queda de 14,75 centavos de dólar, a 12,7775 dólares o bushel, depois de atingir 12,70 dólares, menor patamar desde 28 de junho. Já o trigo para dezembro recuou 8 centavos de dólar, a 7,1425 dólares/bushel.

Carregadores de grãos na Costa do Golfo dos EUA relataram nesta quarta-feira mais danos causados pelo furacão Ida a seus terminais, com a Cargill confirmando danos a uma segunda instalação –enquanto cortes de energia no sul da Louisiana mantiveram todas as outras fechadas.

Os futuros do milho recuaram pelo terceiro dia seguido diante de receios de que os problemas pudessem afetar as exportações através do porto de grãos mais movimentado dos EUA, em momento em que a colheita de outono (no Hemisfério Norte) se aproxima.

"As vendas ligadas ao Ida nesta semana acabaram desencadeando vendas relacionadas aos gráficos no setor de grãos e oleaginosas, já que o ímpeto continua negativo", disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.

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