O desafio de engajar colaboradores que não compartilham o mesmo espaço físico sempre existiu, mas antes era comum em times que estavam geograficamente distantes. Funcionários de escritórios regionais, por exemplo, frequentemente se sentiam apartados, distantes do calor da matriz ou perdendo informações importantes que acabavam sendo trocadas no dia a dia entre líderes, pares e colaboradores.
Com o trabalho híbrido ou remoto, esse desafio foi escalonado. A demanda por maior flexibilidade por parte dos colaboradores e a redução dos espaços físicos e postos de trabalho por parte das empresas tornou o encontro presencial e simultâneo de todos os times, uma raridade.
Sabemos que esta flexibilidade incrementou significativamente o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, gerou economias de tempo e dinheiro em deslocamento, melhorou foco e produtividade, mas, por outro lado, tem demandado esforços muito maiores para conectar as pessoas e engajá-las com a cultura da organização, aspectos fundamentais para o sucesso de qualquer negócio.
Algumas estratégias que podem ajudar nessa missão:
- – Comunicação Clara e Transparente: Manter canais de comunicação abertos e claros é essencial para garantir que todos os membros da equipe estejam atualizados sobre projetos, objetivos e mudanças na empresa. Informações comunicadas pessoalmente devem imediatamente ser disponibilizadas para todos.
- – Definição de Metas e Expectativas Claras: Estabeleça metas e expectativas claras para os funcionários que trabalham remotamente. Isso ajuda a manter o foco e a produtividade, além de proporcionar uma sensação de propósito e realização.
- – Promoção da Cultura Organizacional: Enfatize os valores e a cultura da empresa, mesmo à distância. Realize reuniões virtuais para compartilhar histórias de sucesso, reconhecer conquistas individuais e de equipe, e promover um sentimento de pertencimento.
- – Incentivo ao Feedback e Participação: Encoraje os funcionários a fornecerem feedback sobre os processos de trabalho remoto, bem como a participarem ativamente em reuniões, discussões e iniciativas da empresa. Isso os faz sentir que suas opiniões são valorizadas e contribuem para a organização.
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- – Eventos Virtuais e Presenciais: Organize eventos online, como happy hours virtuais, mas também algumas reuniões ou convenções em que todos estejam presentes. Nós, seres humanos, precisamos dessa conexão.
- – Desenvolvimento Profissional e Gestão do Conhecimento: Ofereça oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento profissional por meio de cursos online, workshops virtuais e programas de treinamento e crie mecanismos que garantam a partilha de conhecimento, como as plataformas EAD.
Ao implementar essas estratégias, é possível criar um ambiente de trabalho remoto que promova o engajamento dos funcionários, mantenha a conexão entre os membros da equipe e impulsione a produtividade, mesmo à distância. Mas será que permaneceremos assim?
Quando analisamos o movimento crescente de empresas apertando o cerco para o retorno dos profissionais aos escritórios, em três, quatro ou cinco dias da semana, fica evidente que a equação entre o formato presencial ou remoto ainda não atingiu o seu ponto de equilíbrio.
Provavelmente não voltará a ser full time, no mesmo modelo de antes, mas tudo indica que será mais presencial do que é hoje. Quando analisamos as novas vagas abertas, essa tendência se confirma. Um levantamento da plataforma de empregos Infojobs deste ano, analisou 7.010 ofertas de emprego e mostrou que o trabalho totalmente presencial representava 94,8% delas; o totalmente remoto, 2,7% e o híbrido, 2,48%.
É certo que relacionamentos próximos favorecem a interação entre as pessoas, reforçam vínculos e estabelecem conexões mais empáticas. Também é sabido que a presença no dia a dia da organização amplia as oportunidades de os profissionais vivenciarem sua cultura e se engajarem com valores e objetivos do negócio. Mas quando temos tantos positivos também no outro modelo, o melhor dos mundos, é saber combinar os dois.
A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.
