No dia 07 de junho entrou em vigor a nova regra do Banco Central (BC) para registro de recebíveis, que determina que toda transação financeira realizada por meio de cartão de crédito ou débito deve ser capturada e registrada em entidades específicas chamadas de Registradora.
A medida busca aumentar a competitividade no mercado de maquininhas, em particular no que diz respeito às taxas cobradas em operações de antecipação de recebíveis e crédito com garantia em recebíveis de cartão de crédito.
Segundo o Banco Central, espera-se um aumento da concorrência e também no volume de operações, bem como o fomento do surgimento de novos modelos de negócio que virão a beneficiar principalmente o pequeno varejo.
De acordo com a fintech Blu, isso significa mais facilidade e menor custo na hora de adiantar o recebimento de vendas pagas com cartões por meio de qualquer instituição financeira ou fintechs, maior acesso a modalidades de crédito com garantia em recebíveis de cartão de crédito e acesso a produtos e serviços financeiros e de pagamento inovadores.
"É muito positivo o benefício que essa mudança traz para micro e pequenos varejistas, já que o lojista pode escolher dar acesso a várias instituições à sua agenda de recebíveis, aumentando o leque de ofertas e permitindo negociar melhores condições para operações de antecipação, crédito e até mesmo na compra de produtos com seus fornecedores", explica Rafael Sobral, CFO da Blu.
É importante entender que para ter acesso às informações de recebíveis nas Registradoras, as instituições financeiras e fintechs deverão ter uma autorização prévia dos lojistas, que passam a ser os donos das suas informações e da carteira de recebíveis, ficando livres para negociar com a instituição que desejarem, incluindo negociações diretas com fornecedores.
Segundo dados do BC, o potencial do mercado de crédito garantido por recebíveis de cartão é de R$1,8 trilhão por ano. Somente em 2019, os arranjos com cartões de crédito movimentaram R$1 trilhão. Já os cartões de débito tiveram fluxo de R$800 bilhões.
"O registro faz com que o comerciante possa utilizar esse saldo das vendas do cartão da forma que quiser, podendo antecipar com taxas menores que as atuais ou ou utilizá-lo de outras formas, como garantia para empréstimo ou como garantia para obter melhores prazos e custos na compra com seus fornecedores. A concorrência e a inovação irão aumentar, sem dúvidas, o que beneficia diretamente o pequeno varejista", conclui Sobral.
Com informações de NR-7 Comunicação.