Mudanças

Nubank não deve sofrer grandes impactos com as novas regras do BC, diz Itaú BBA

O Itaú BBA destaca que o negócio de cartões de crédito exigirá um pouco mais de capital do que o esperado anteriormente, mas o Nubank teria espaço suficiente para isso

- Divulgação
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Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – As novas regras do Banco Central não teriam um impacto efetivo no Nubank (SA:NUBR33), segundo o Itaú BBA. Em relatório divulgado nesta quarta (16) o banco explica que a fintech está em uma posição confortável e que mesmo que houvesse algum efeito na sua carteira de crédito, isso seria diluído com o passar do tempo.

Às 15h45, as ações do Nubank avançavam 13,21%, a US$ 6,77, enquanto os BDRs ganhavam 9,06%, a R$ 5,66.

O Nubank terá que readequar os seus negócios para atender os requisitos de capital semelhantes aos dos outros bancos até 2025, segundo as novas regras do Banco Central para as fintechs. Ou seja, o nível de capital terá que passar de 2% para 10,5%. Além disso, existe a possibilidade de que os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) para transações de cartão de crédito passem de 75% para 45%.

O Itaú BBA destaca que o negócio de cartões de crédito exigirá um pouco mais de capital do que o esperado anteriormente, mas a Nubank teria espaço suficiente para isso, levando em conta a capitalização realizada no IPO.

Assim, a mudança não irá impedir o crescimento da carteira de crédito ou afetar as suas estimativas. A projeção do Itaú BBA é que essas mudanças tenham um impacto líquido na exigência de capital de quase 15%, correspondendo à projeção da empresa de um impacto de 10% a 15%. 

Até 2026, o Itaú BBA prevê que o Nubank terá uma carteira de crédito de R$ 200 bilhões. Segundo as antigas regras do BC, isso exigiria capital regulatório de R$ 12 bilhões. Já com a nova proposta, esse valor passaria para aproximadamente R$14 bilhões. O Nubank terá uma posição de capital regulatório de R$ 63 bilhões até 2026, cerca de 50% índice BIS, segundo o Itaú BBA, dentro da zona de conforto acima do requisito mínimo de 10,5%. Mesmo assumindo a não acumulação de lucros até 2026, o Itaú BBA estima um índice BIS de 11% até então.

Assim, a mudança regulatória não justificaria uma revisão negativa do valor do Nubank, já que isso afetaria apenas a forma como os saldos das transações de cartão de crédito são tratados. O Itaú BBA explica que mesmo que isso acontecesse, o efeito seria diluído ao longo do tempo à medida que o escopo do crédito se ampliasse.

Assim, o Itaú BBA mantém a sua indicação underperform para as ações do Nubank, com um preço justo de US$ 7.

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