O Nubank (ROXO34) anunciou nesta quinta-feira (28) o lançamento do primeiro ETF (fundo negociado em bolsa de valores) com pagamento mensal de dividendos aos cotistas: o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11).
O ativo é fruto de parceria da gestora de fundos de investimentos da companhia, a Nu Asset Management, com a B3 (B3SA3), a bolsa do Brasil, e passa a ser uma opção para qualquer investidor, sem vínculo obrigatório com o Nubank ou a corretora NuInvest.
Assim, qualquer pessoa física – mediante adequação de perfil (suitability) na corretora com a qual tenha vínculo – ou investidor institucional pode investir no novo ETF.
A parceria entre as instituições foi estabelecida para a criação do Ibovespa Smart Dividendos B3, o primeiro índice derivado do Ibovespa. O ativo considera as empresas do Ibovespa B3 que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço da ação.
Esse critério também será utilizado para ponderar o peso do papel na carteira, além da recorrência e menor oscilação nos proventos pagos. Segundo o Nubank, na carteira, o maior peso ficará para empresas que pagam maiores valores proporcionais, com frequência e valor constantes ao longo dos anos.
As empresas aproveitam também um movimento de alta nos investimentos em ETFs no Brasil e no mundo. O volume investido globalmente em ETFs nas duas últimas décadas apresentou evolução de 20% ao ano, com cerca de US$ 10,6 trilhões (aproximadamente, R$ 53 trilhões) sob gestão em julho de 2023, segundo dados reunidos pela ETFGI, plataforma independente de pesquisa e consultoria em ETFs.
Apenas na bolsa do Brasil, o volume investido em ETFs era de quase R$ 45 bilhões em agosto, conforme o Boletim Mensal ETF da B3.
Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11): reinvestimento automático de dividendos
A entrada do Nubank na oferta de ETFs vai além do Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11). Também sob gestão da Nu Asset, outro ETF passa a ser disponibilizado hoje ao mercado replicando o índice Ibovespa Smart Dividendos B3: o Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11), com a diferença de que os dividendos são reinvestidos no próprio ETF. O NSDV11 está igualmente disponível para qualquer cliente investidor, seja pessoa física ou institucional.
"Dentro de uma carteira diversificada, o investidor pode compor a sua estratégia com a renda passiva, mas também olhar para um horizonte de prazo ainda mais amplo. Ao reinvestirmos os dividendos no Nu Ibov Smart Dividendos, o potencial de retorno com a valorização do papel ao longo do tempo é maior", observa Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset Management.
Ibovespa Smart Dividendos B3: variação positiva de 142% em 10 anos
A primeira carteira do Ibovespa Smart Dividendos B3 possui 21 empresas, com validade até 29 de dezembro de 2023 para rebalanceamento posterior. Este processo acontece a cada quatro meses, assim como nos demais índices da B3, para adequar a composição aos critérios estabelecidos na metodologia. A carteira poderá ser acessada no site da B3.
Caso existisse desde 2013, o Ibovespa Smart Dividendos B3 teria acumulado uma variação positiva de 142% até o final de agosto. No mesmo período, o Ibovespa B3 obteve variação positiva de 87%.
Como investir?
O valor mínimo inicial para investir nos dois ETFs do Nubank é de R$ 100, correspondente a uma cota, sendo que ao longo do tempo pode haver variação de acordo também com a variação do índice.
Tanto o NDIV11 quanto o NSDV11 possuem 0,5% de taxa de administração, sem cobrança de taxa de performance. Em ambos os ETFs incide Imposto de Renda no momento da venda e se ocorrer ganho de capital.
No caso do ETF que distribui dividendos, há tributação incidente do referido imposto de 15% sobre o valor de proventos pagos aos cotistas, que será recolhido diretamente pelo administrador do fundo. Os dois novos fundos listados em bolsa do Nubank possuem liquidez de dois dias úteis.