Coluna da Ida Nuñez

Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo (também)!

É fundamental que líderes se posicionem contra qualquer forma de discriminação e promovam um ambiente inclusivo

Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo (também)!

Recentemente, passei por uma experiência desafiadora em uma empresa onde fui demitida após apenas três meses, mesmo tendo apresentado resultados excepcionais.

Essa situação me fez refletir sobre as realidades do ambiente corporativo e as dificuldades que muitos enfrentam, especialmente em relação à discriminação etária.

A sensação de injustiça foi intensa, principalmente ao perceber que o diretor geral foi pressionado a não agir em defesa dos valores que defende.

Durante minha trajetória profissional, sempre acreditei que a diversidade etária é uma riqueza inestimável para qualquer organização. A sabedoria acumulada ao longo dos anos traz uma perspectiva única que pode impulsionar a inovação e a criatividade.

No entanto, o idadismo, ou preconceito contra pessoas mais velhas, ainda é um problema significativo nas empresas, levando à exclusão de talentos valiosos e à perda de conhecimentos essenciais.

A resistência interna é um problema muito forte nas empresas! Isso me fez perceber que mudanças culturais dentro das empresas são complexas e muitas vezes exigem coragem e determinação para serem implementadas.

É fundamental que líderes se posicionem contra qualquer forma de discriminação e promovam um ambiente inclusivo.

É crucial que as empresas reconheçam o valor da diversidade em todas as suas formas. Profissionais mais velhos trazem não apenas experiência, mas também uma visão ampla do mercado e das relações humanas.

A inclusão dessa faixa etária pode resultar em equipes mais equilibradas e inovadoras. Ao ignorar esse potencial, as organizações correm o risco de ficar estagnadas e perder oportunidades valiosas inclusive financeiras!

Além disso, é necessário promover um diálogo aberto sobre as questões relacionadas ao idadismo. Compartilhar histórias e experiências pode ajudar a sensibilizar colegas e líderes sobre a importância de respeitar cada indivíduo, independentemente da idade.

A luta contra o preconceito deve ser coletiva, envolvendo todos os níveis da organização.

Ao compartilhar minha história pessoal, espero dar visibilidade a essa questão crítica e incentivar outras pessoas a se manifestarem contra o idadismo.

Juntos, podemos promover um espaço de trabalho mais inclusivo onde cada voz seja ouvida e valorizada.

A verdade é que ser longevo é um privilégio, não um obstáculo. Nossa experiência, resiliência e capacidade de aprendizado são ferramentas poderosas que as empresas deveriam abraçar e valorizar.

O mundo está mudando, e é nossa responsabilidade garantir que a diversidade etária seja vista como um diferencial, e não como uma barreira. Afinal, longevidade é sinônimo de história, conhecimento e, acima de tudo, potencial!

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, e não refletem, necessariamente, a visão da SpaceMoney.

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