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O crédito consignado mudou; saiba como se beneficiar e quais cuidados tomar

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Inseridas no pacote de medidas de estímulo à economia uma reação do governo aos impactos do coronavírus , as novas regras do crédito consignado anunciadas na terça-feira (17) podem ajudar aposentados e pensionistas a superar a crise e, ainda, indiretamente beneficiar a atividade econômica do país. 

Para entender melhor quais são as novas regras e quais cuidados as pessoas devem ter para não ver seu nível de endividamento aumentar, leia a nossa SpaceDica. Boa leitura!

Entenda as novas regras do crédito consignado

Resumindo as mudanças anunciadas ontem para o crédito consignado de pensionistas e aposentados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), agora os juros estão mais baixos e há mais tempo para pagar. 

O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou redução do teto de juros para 1,8% e ampliação do prazo máximo para pagamento das parcelas para 84 meses, contra 72 na regra anterior. O cartão de crédito consignado também obteve redução na taxa máxima de juros – antes aos 3%, agora será de 2,7%.

Além disso, o Conselho apresentará projeto de lei para ampliar a margem consignável, ou seja, o percentual máximo da renda que pode ser comprometido com empréstimos. Atualmente, esse limite é de 30% dos ganhos mensais, mais 5% do valor para o cartão de crédito consignado. Essas mudanças, no entanto, ainda dependerão de aprovação no Congresso Nacional.

Em sua conta no Twitter, o secretário especial do Trabalho e Previdência, Bruno Bianco, afirmou que as projeções indicam movimentação adicional de R$ 25 bilhões na economia pelas operações de crédito consignado.

O que acontece agora com aposentados e pensionistas?

Para o Coordenador do MBA em gestão financeira da FGV, Ricardo Teixeira, as medidas são positivas para quem precisa de um empréstimo, já que as parcelas mais baratas facilitariam o pagamento da dívida e tornariam o crédito mais acessível.

“Pessoas que não poderiam pagar passam a conseguir acertar o financiamento, e quem já tinha contrato passa a poder comprar mais, se negociar [as condições] o empréstimo”. 

Então, na visão do economista, é um bom momento para quem realmente precisa do valor a mais. “Mas não é só porque o dinheiro está à disposição que o beneficiário deve pegar o crédito”, aconselha Teixeira.

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Se o aumento do limite consignável pode estimular um nível de endividamento maior, Teixeira acredita que não será problema, desde que haja planejamento próprio. “Quem toma a decisão de compromisso é o beneficiário (do INSS). Você [o tomador do empréstimo] sabe o que cabe no seu orçamento entre todas as contas”, afirma.

O especialista da FGV também chama atenção para obrigações pagas pelo aposentado ou pensionista que não aparecem na análise de crédito. Como parcelas de residência ou carro, ajuda nas contas dos filhos o netos. Na hora de assumir empréstimo, é importante contabilizar gastos do gênero. “Não tem como quem não está dentro da família saber”, aponta.

Para a consultora em finanças pessoais da SpaceMoney, Thabata Abreu, o crédito consignado é indicado para dívidas altas como cheque especial e juros do cartão rotativo, mas deve ser feito com consciência para o futuro. Thabata acredita que “sem o planejamento necessário, o usuário pode entrar em um ciclo de endividamento, ou aumentá-lo.” 

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