Abertura de mercado

O que esperar para bolsa e câmbio no Brasil nesta 2ª-feira (14)

Confira aqui as principais notícias, a agenda das autoridades e o informe corporativo do dia

- M. B. M. via Unsplash
- M. B. M. via Unsplash

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – As preocupações sobre uma possível invasão russa à Ucrânia tomam conta do mercado internacional desde a sexta-feira passada, 11. A aversão à risco predomina, baseada na declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que o país e seus aliados responderiam “rápida e decisivamente” a qualquer agressão russa.

Índices futuros

Às 09h25, os futuros da Nasdaq 100 recuavam 1,20%, enquanto os da Dow Jones e da S&P 500 caíam 0,79% e 0,92%, respectivamente.

No Brasil, o Ibovespa futuro se desvalorizava 0,21%, enquanto o dólar futuro subia 0,09%, a R$ 5,2780. O presidente Jair Bolsonaro manteve a sua viagem diplomática à Rússia, em meio às tensões geopolíticas, embarcando hoje, 14.

Embates

O conflito entre a equipe econômica e o desejo do Congresso em aumentar os gastos, de olho nas eleições, ganha um novo capítulo com a estimativa de que faltam R$ 7 bilhões para pagar as despesas já previstas. Isso pode fazer com que em março seja anunciado um contingenciamento dos gastos, para evitar que algumas pastas fiquem sem dinheiro.

De acordo com o Valor Econômico, o caso mais grave ocorre no Ministério da Economia, que sofreu um corte de R$ 5 bilhões no orçamento. Os recursos para pagar organizações internacionais, aumentar o capital de bancos e outras despesas devem acabar em maio. Já a previdência social deve ter dinheiro até junho ou julho.

Enquanto isso, a PEC dos Combustíveis que tramita no Senado teria um custo de R$ 100 bilhões e o novo Refis, discutido na Câmara dos Deputados, pode ter um impacto de R$ 90 bilhões.

Covid-19: Brasil

O Brasil registrou 54.220 novos casos de Covid-19 neste domingo, chegando a um total de 27.479.963 infecções, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O país registrou ainda 314 novas mortes pelo coronavírus, elevando o total de óbitos provocados pela doença para 638.362.

Mais notícias

Fertilizantes – Um eventual conflito com a Rússia na Ucrânia tem potencial de elevar mais os preços dos fertilizantes em um primeiro momento, e envolveria o principal exportador de insumos para adubar safras do Brasil, avaliou um analista do Rabobank em podcast divulgado na sexta-feira, 11.

A Rússia respondeu por cerca de 22% de todo o fertilizante importado pelo Brasil em 2021, com 9,3 milhões de toneladas, seguida de longe pela China, com uma participação de 15% nas importações brasileiras, segundo dados do banco.

Varejistas – As principais varejistas do país se preparam para se defender do avanço dos marketplaces internacionais, principalmente os de origem asiática, segundo o Valor Econômico.

O principal argumento é que essas plataformas estariam permitindo brechas que viabilizam o comércio de produtos falsificados ou sem a cobrança de impostos.

Lula – Economistas ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem que o país tenha uma virada de política econômica a partir de 2023, com flexibilização explícita de regras fiscais para que o gasto público volte a ser colocado como motor do crescimento do país, estabelecendo como contrapartida compromissos de médio e longo prazos para a estabilização da dívida pública.

A Reuters entrevistou seis economistas, entre ex-ocupantes do alto escalão de governos petistas, integrantes da Fundação Perseu Abramo e conselheiros de Lula, que articula sua provável candidatura à Presidência e aparece na liderança das pesquisas de intenção de voto.

Agenda das autoridades

Jair Bolsonaro – Viaja a Moscou, na Rússia.

Paulo Guedes – Participação virtual no Fórum Incorpora 2021 da ABRAINC; Participação virtual na premiação “Melhores e Maiores” da Revista Exame.

Campos Neto – Reunião com representantes da Stripe; Reunião com Marcelo Marangon, Presidente do Citi Brasil; e Ernesto Torres Cantu, CEO do Citi para América Latina

Informe corporativo

B3 – A B3 (SA:B3SA3) retomará o horário normal de funcionamento a partir de 14 de março. A abertura segue às 10h, mas o encerramento retorna para as 17h, no horário de Brasília.

Como de costume, as alterações visam acompanhar o funcionamento do mercado americano.

A normalização do horário marca ainda o retorno da sessão de after-market para o mercado de ações entre 17h30 e 18h.

Já o índice futuro do Ibovespa será negociado entre 9h e 17h.

O dólar futuro, por sua vez, funcionará das 9h às 17h, enquanto os juros futuros iniciam no mesmo horário, mas fecham às 16h15, com abertura da sessão estendida até às 18h.

Ultrapar – O grupo Ultrapar (SA:UGPA3) informou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou como complexa a análise da compra da Extrafarma pela Pague Menos (SA:PGMN3).

Em maio passado, a rede de drogarias Pague Menos anunciou a compra da rival Extrafarma, que pertence à Ultrapar, por R$ 700 milhões.

Vinci Partners – A Vinci Partners anunciou um acordo com a Águas do Brasil para se tornar sócia da concessionária que terá os direitos de administrar e explorar os serviços de água e tratamento de esgoto do bloco 3 da Cedae, no Rio de Janeiro.

Cogna (SA:COGN3) e Yduqs (SA:YDUQ3) – A Cogna e a Yduqs estão recebendo propostas de bancos investidores, por causa da depreciação dos seus ativos, que tornam o investimento interessante para os bankers.

BR Malls – O empresário Nelson Tanure mostrou interesse em adquirir a operadora de shopping centers BR Malls (SA:BRML3), em meio a negociações da empresa com as rivais Aliansce (SA:ALSO3) Sonae e Ancar Ivanhoe, disse o jornal O Globo nesta segunda-feira.

A BR Malls revelou na semana passada que estava em "conversas preliminares" com a Ancar para uma potencial combinação de ativos, depois de rejeitar uma oferta de fusão da Aliansce Sonae no início deste ano.

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