Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Esta sexta-feira, 13, pode encerrar a semana com bastante volatilidade, e os mercados repercutem os balanços trimestrais das empresas e avaliam o cenário macroeconômico.
No Brasil, o IBC-Br, que representa uma prévia do PIB, não foi divulgado às 9h, como era esperado, o que pode ser um reflexo da greve dos servidores do Banco Central.
Já nos Estados Unidos, há expectativas para que os principais índices avancem, numa tentativa de recuperar as perdas obtidas ao longo da semana.
A ansiedade em torno da possibilidade do Federal Reserve elevar os juros no país em 0,75 p.p. foi levemente acalmada após um discurso do presidente do Fed, Jerome Powell.
Índices futuros
Às 09h26, o Ibovespa Futuros avançava 0,44% e o dólar caía 0,03%, a R$ 5,1322.
Nos EUA, os futuros da Nasdaq 100 subiam 2%, enquanto os da S&P 500 e da Dow Jones ganhavam 1,38% e 1,01%, respectivamente.
Bolsonaro vs. Petrobras
Na busca por controlar os preços dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que vai à Justiça contra a Petrobras (PETR4), ainda que reconheça ter poucas chances de vitória nesse embate.
O presidente afirma que não vai interferir na estatal, mas que pretende encontrar uma forma de obrigar a companhia a “cumprir seu papel social definido na Constituição” e que “não se pode estar subordinado às decisões do Conselho”.
Ontem, 12, Bolsonaro disse que espera "fazer mudanças de pessoas” para “diminuir o preço do combustível no Brasil”.
Além da queda do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o presidente da Petrobras foi substituído duas vezes durante o mandato de Bolsonaro.
A ofensiva contra a Petrobras também pode resultar na retomada de antigos questionamentos de supostas práticas anticoncorrenciais pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Como resposta, a estatal afirmou em fato relevante divulgado ontem que “não tem conhecimento de achados de infrações de ordem econômica” nos processos em curso no Cade.
Mais notícias
Caminhoneiros – Os caminhoneiros voltaram a discutir uma paralisação nacional por causa de mais um reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras, além da decisão do governo Bolsonaro de agora afirmar que pretende privatizar a companhia.
Greve no BC – Em um contexto de greve e de estudo de reajuste geral de 5% para os servidores, o Banco Central (BC) chegou a enviar ao Ministério da Economia um pedido de aumento de 22% para seus analistas e técnicos, de 69,6% para os diretores e de 78,53% para o presidente da autarquia.
Sob pressão, o BC retirou a solicitação por causa de "inconsistências" no texto.
Energia – Representantes do governo e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) defenderam o corte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para baratear em até 5% as tarifas de energia.
Agenda das autoridades
Jair Bolsonaro – Cerimônia de Abertura da 56ª Convenção Nacional do Comércio Lojista.
Paulo Guedes – Reunião com a chefe da Assessoria Especial de Comunicação, Luisa Medeiros.
Campos Neto – Reunião, por videoconferência, com representantes do Grupo Binance; Reunião, por videoconferência, com representantes do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Informe corporativo
Americanas (SA:AMER3) – A Americanas reportou um prejuízo líquido de R$ 137,3 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma melhora de 38,8% ante o mesmo período de 2021. O Ebitda ajustado foi de R$ 659,8 milhões, com alta de 57,9%.
CCR (SA:CCRO3) – A CCR reportou um lucro líquido de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 401,2% sobre igual período de 2021. O Ebitda ajustado somou R$ 6,91 bilhões, alta de 401,2%.
Eneva (SA:ENEV3) – A Eneva reportou lucro líquido de R$ 184,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 9,0% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado pela exclusão de poços secos totalizou R$ 491,4 milhões no período, uma alta de 10,1%.
Rede D’Or (SA:RDOR3) – A Rede D'Or (SA:RDOR3) reportou lucro líquido de R$ 225,2 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 44,1% na comparação com o 1T21. O Ebitda de R$ 1,141 bilhão, avanço de 0,6%.
Bemobi (SA:BMOB3) – A Bemobi reportou lucro líquido ajustado de R$ 22,6 milhões no primeiro trimestre de 2022, crescimento de 79% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado, por sua vez, saltou 76%, para R$ 42,2 milhões.
Guararapes (SA:GUAR3) – A Guararapes registrou prejuízo líquido de R$ 80,1 milhões no primeiro trimestre de 2022, melhora de 23,6% ante igual período do ano passado. O Ebitda atingiu R$ 61,8 milhões no período, uma alta anual de 94,9%.
Cogna (SA:COGN3) – A Cogna encerrou o primeiro trimestre de 2022 com prejuízo líquido de R$ 13,107 milhões, redução de 61,3% ante o prejuízo de R$ 33,885 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
B3 (SA:B3SA3) – A B3 reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,24 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda anual de 7,2%.
Além disso, a B3 informou que irá lançar na próxima segunda-feira o primeiro índice de ações composto especificamente por empresas ligadas ao agronegócio.
O Índice Agro Free Float Setorial, ou IAGRO B3, será formado inicialmente por 32 papéis, sendo o de maior peso a JBS (SA:JBSS3), representando 7,4% da carteira.
JHSF (SA:JHSF3) – A JHSF teve lucro líquido de R$ 166,5 milhões no 1T22, uma queda de 13% na comparação anual. O Ebitda ajustado aumentou 7,1%, para R$ 258,4 milhões.
Energisa (SA:ENGI4) – O lucro líquido da Energisa cresceu 41% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 558,4 milhões. O Ebitda somou R$ 1,882 bilhão, elevação de 32,2%.
Banrisul (SA:BRSR6) – O Banrisul fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 164,1 milhões, representando uma queda de 41,2% frente ao resultado do primeiro trimestre de 2021.
Even (SA:EVEN3) – A Even registrou lucro líquido de R$ 15,062 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 82% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado ficou em R$ 43,723 milhões, recuo de 60,8%.
Aeris (SA:AERI3) – A Aeris reportou lucro líquido de R$ 1,2 milhão no primeiro trimestre deste ano, redução de 94,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda caiu 13,0% no trimestre, para R$ 54,323 milhões.
Eztec (SA:EZTC3) – A Eztec apresentou lucro líquido de R$ 104,649 milhões no primeiro trimestre de 2022, expansão de 43,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda alcançou R$ 79,961 milhões, salto de 105,4% na mesma base de comparação anual.
CPFL Energia (SA:CPFE3) – A CPFL reportou lucro líquido de R$ 1,162 bilhão no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 20,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda alcançou R$ 2,643 bilhões, alta de 34,4% em base anual de comparação.
Locaweb (SA:LWSA3) – A Locaweb registrou lucro líquido de R$ 4,5 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo o prejuízo de R$ 8,4 milhões no mesmo período do ano passado. O Ebitda, por sua vez, chegou a R$ 29,5 milhões entre janeiro e março, 75,1% maior do que na comparação com o mesmo intervalo de 2021.
MRV (SA:MRVE3) – O lucro líquido do conglomerado MRV&CO no primeiro trimestre de 2022 caiu 47,8% em relação ao mesmo período de 2021, chegando a R$ 71 milhões. O grupo reúne as operações de MRV, Luggo, Urba e AHS. A MRV gerou lucro de R$ 27,087 milhões.
Yduqs (SA:YDUQ3) – A Yduqs teve lucro líquido de R$ 76 milhões no primeiro trimestre, uma alta anual de 75,9%. O Ebitda foi de R$ 396,2 milhões no primeiro trimestre, crescimento anual de 26,5%.
BNDES – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre, alta de 32% ante igual período de 2021.
Caixa – A Caixa Econômica Federal anunciou na tarde de hoje lucro líquido gerencial de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Petrobras – A superintendência-geral do Cade aprovou, sem restrições, a aquisição da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), atualmente pertencente à Petrobras, pela Ream Participações, do Grupo Atem.
Banco Inter (SA:BIDI11) – O Inter informou que seus acionistas aprovaram uma proposta de reorganização societária, como parte do plano de migração das ações para a Nasdaq.