Investing.com – A Odebrecht espera aproveitar o período entre o Natal e o Ano Novo para se reunir com bancos para realizar o acerto final sobre a fatia que o grupo tem na Braskem (SA:BRKM5). De acordo com a edição desta quarta-feira da Coluna do Broad, do Estadão, o objetivo é encerrar o ano com o planejamento concluído e conseguir a aprovação das instituições até a data da assembleia de credores, que votará o plano de recuperação da empreiteira em 29 de janeiro.
A publicação destaca que a participação acionária de 50,1% da Odebrecht na Braskem (SA:BRKM5) está nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (SA:BBAS3), Bradesco (SA:BBDC4), Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e Santander (SA:SANB11). A fatia foi dada como garantia por empréstimos feitos ao grupo com o objetivo de aliviar as dificuldades das subsidiárias, principalmente o braço de etanol Atvos, também em recuperação judicial.
A reportagem explica ainda que os bancos já poderiam ter tomado as ações da Braskem (SA:BRKM5), já que não estão protegidas pela Justiça. Apesar disso, as instituições decidiram evitar um dano maior e não executaram a garantia.
De acordo com a Coluna, as conversas com os bancos envolvem um prazo de até três anos sem execução da garantia para que a Odebrecht venda sua participação. Esse é o prazo máximo, durante o qual o grupo terá direito a cerca de 80% dos dividendos gerados pela petroquímica, limitados a perto de R$ 1 bilhão.
Outra esperança da Odebrecht que os problemas ambientais e sociais relacionados ao afundamento de três bairros em Alagoas, por conta da mina de sal-gema da Braskem (SA:BRKM5), estejam resolvidos em 2020, a fim de melhorar o valor da companhia.
Considerando o valor de fechamento da sessão de ontem na bolsa, a participação da Odebrecht na Braskem (SA:BRKM5) é suficiente apenas para o pagamento da dívida com os bancos, de cerca de R$ 13 bilhões.