Investing.com – A oferta subsequente de ações da CPFL Energia (SA:CPFE3) começou a ser avaliada por investidores locais, com a faixa de preço entre R$ 29,30 e R$ 35,30 e precificação marcada para o dia 12 de junho. No entanto, de acordo com a edição desta terça-feira da Coluna do Broad, do Estadão, o interesse do mercado tem girado no patamar de R$ 29 a R$ 30.
A publicação destaca que como a companhia tem baixa liquidez, o follow-on tem sido considerado como um “re-IPO”, como se a empresa estivesse reestreando na bolsa. A estipulação de uma faixa indicativa de preço para a oferta, como se fosse uma abertura de capital, é motivada pelo fato de apenas 5% do capital da CPFL ser negociado.
Os investidores, segundo o jornal, avaliam que pelo fato de a oferta ser de cerca de R$ 4 bilhões, a CPFL quer que o desconto em relação aos valores atuais do ativo seja baixo. Além disso, a economia ainda patinando e outras ofertas do setor de energia em pauta, como Neoenergia, Light (SA:LIGT3), AES Tietê (SA:TIET11) e Alupar (SA:ALUP11), influencia o apetite dos investidores.
A realização da oferta, que incluirá papéis no exterior, por meio das chamdas ADRs (American Depositary Receipt), foi aprovada na semana passada pelo conselho da CPFL, que é controlada pelo grupo chinês State Grid, segundo fato relevante.
No comunicado, a CPFL disse que a oferta envolverá inicialmente 116,8 milhões de ações ordinárias, incluindo as ADRs, com esforços restritos de colocação. Esse volume representaria uma oferta que movimentaria entre 3,4 bilhões e 4,1 bilhões de reais, de acordo com os preços indicados pela elétrica para os papéis.
A operação tem coordenação de Itaú BBA como líder, além de Santander Brasil (SA:SANB11), Bradesco BBI, BTG Pactual (SA:BPAC11) e Morgan Stanley (NYSE:MS).
Apesar da sinalização sobre os valores, a CPFL afirmou que o preço por ação no âmbito da oferta será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais, conhecido como “bookbuilding”, acrescentou a CPFL.
Os recursos obtidos com a transação serão utilizados pela CPFL Energia para a aquisição de ações em sua unidade de geração limpa CPFL Renováveis detidas por sua controladora, a chinesa State Grid.
Segundo a empresa, a oferta ainda poderá ser ampliadas em até 20% até a conclusão do bookbuilding por meio de lote adicional. Também poderá haver um lote suplementar, envolvendo até 15% do total de ações inicialmente ofertadas.
A CPFL acrescentou também que poderá haver realocação de ações entre a oferta no Brasil e a oferta internacional, em função da demanda.