Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Na noite de terça-feira, 28, a Oi (OIBR3)(OIBR4) divulgou o seu balanço do primeiro trimestre de 2022, após ter adiado algumas vezes.
Os números foram bem recebidos pelo mercado e causaram um efeito positivo nas ações da empresa.
O BTG Pactual (BPAC11) afirma que a queda trimestral na receita e na margem Ebitda já eram esperadas, uma vez que a Oi já havia divulgado os números de forma preliminar. Fabiano Vaz, da Nord Research, considerou os resultados positivos.
A empresa apresentou uma receita total de R$ 4,4 bilhões, alta trimestral de 3,4% e anual de 0,9%.
As receitas das operações continuadas, que correspondem àquelas que permanecerão após a venda dos ativos e são ex-TV por assinatura DTH, caíram 4% na comparação com o 1T21 e 3,3% sobre o 4T21, impactadas pela queda nas rotações do cobre, destaca o BTG.
Os custos da Oi caíram 4,6% no ano, mas subiram 6,9% no trimestre, para R$ 3,2 bilhões.
A Oi teve um Ebitda de R$ 1,3 bilhão. Em relação ao 1T21, houve uma variação positiva de 9,9% no Ebitda, mas sobre o 4T21, houve uma queda de 22,3%.
O lucro foi de R$ 1,78 bilhão, o que reverteu o prejuízo de R$ 1,67 bilhão do 4T22.
Para o Fabiano Vaz, da Nord, a Oi continua com bons números operacionais e a expansão da fibra ótica deve ser interessante nos próximos trimestres.
As operações continuadas seguem com pressão sobre os resultados, na visão de Vaz, que aponta esse fator como algo que limita um desempenho mais positivo da empresa. Mas no próximo trimestre, já será possível ver algumas dívidas fora do balanço da Oi, graças à venda da Oi Móvel e da V.tal.
O BTG ainda destaca que a mudança no valor patrimonial da Oi deve ter um impacto de R$ 0,20 por ação da companhia. Isso inclui o aumento da dívida com a Anatel e a redução de 7,4% na participação da V.tal.