Ouro

Ouro atinge mais de US$ 1.950 enquanto o dólar cai

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Por Barani Krishnan, da Investing.com – Os preços do ouro tiveram uma das maiores altas pós-verão do hemisfério norte na quinta-feira (5), subindo 3%, enquanto o dólar despencava com as expectativas de que a eleição presidencial dos EUA poderia em breve entregar um vencedor que trabalhará na emissão de um estímulo econômico de alívio para a Covid-19.

O ouro para entrega em dezembro, negociado em Nova York, subia US$ 54,75, ou 2,9%, para US$ 1.950,95 por onça, após atingir a maior alta em seis semanas de US$ 1.954,30.

O ouro à vista, que reflete as negociações em tempo real, subia US$ 46,74, ou 2,5%, para US$ 1.949,97 às 18h08 (horário de Brasília).

A eleição de terça-feira nos EUA ainda não decidiu se o presidente Donald Trump permanecerá no cargo por mais quatro anos ou se seu adversário democrata, Joe Biden, vai arrancar dele a Casa Branca.

As ações em Wall Street, no entanto, subiram, com o Dow ganhando 2,1%, em antecipação a uma quebra em breve no impasse de algumas corridas intensamente disputadas na eleição. O Índice Dólar, que opõe o dólar norte-americano às seis principais moedas, caía 0,9%, a 92,59. O ouro é uma proteção contra o dólar e qualquer enfraquecimento da moeda geralmente manda o metal amarelo para cima.

O ouro também subiu na expectativa de que a nova administração dos EUA, independentemente de quem esteja no comando, terá que emitir um estímulo logo para uma economia doente com o coronavírus – embora uma divisão Congresso/Senado possa complicar esses esforços. As expansões fiscais normalmente aumentam os preços do ouro.

Os democratas, que controlam a Câmara, chegaram a um acordo em março com a administração Trump e os republicanos do Senado para aprovar um pacote do CARES. Esse pacote distribuiu cerca de US$ 3 trilhões em cheques de pagamento para trabalhadores, empréstimos e doações para empresas e outras ajudas pessoais para cidadãos e residentes qualificados.

Desde então, os dois lados estão em um impasse sobre um plano sucessivo para o CARES. A disputa tem sido basicamente sobre o tamanho do próximo estímulo, já que milhares de americanos, principalmente no setor de companhias aéreas, correm o risco de perder seus empregos sem mais ajuda.

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