Ouro sobe após Fed detalhar plano de US$ 2,3 tri para compra de dívidas

Por Geoffrey Smith

Investing.com – Os preços do ouro subiram novamente na quinta-feira (9), depois que o Federal Reserve detalhou planos de gastar até US$ 2,3 trilhões em apoio à economia por meio da compra de ativos.

Os planos deram mais confiança a quem pratica o comércio de “desvalorização cambial”, já que o Fed disse pela primeira vez que compraria dívidas corporativas de alto rendimento, além de reforçar seus planos de comprar dívidas de governos locais dos EUA, bem como empréstimos de pequenas empresas.

Às 16h20 (horário de Brasília), o ouro futuros para entrega na Comex subia 2,7%, a US$ 1.729,40 por onça troy, enquanto o ouro spot subia 2,1%, a US$ 1.679,20 por onça.

Os futuros de prata também subiam, 3,5%, para US$ 15,73 por onça, tendo alcançado hoje a máxima em quase um mês. Os futuros da platina subiam 1,5%, para US$ 744,50.

As medidas sublinharam a extensão sem precedentes a que o Fed está subscrevendo o risco privado para ajudar os EUA a passar pela pandemia do Covid-19. Powell disse mais tarde que a economia teria que estar em uma “base sólida” antes que o Fed pensasse em flexibilizar suas medidas de apoio.

A necessidade de tais medidas ficou aparente após a divulgação de dados econômicos mais sombrios nos EUA e na Europa na quinta-feira. Outros 6,61 milhões de americanos entraram com pedidos de seguro-desemprego na semana passada, pouco abaixo dos 6,88 milhões da semana anterior.

Enquanto isso, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan registrou seu maior declínio mensal de todos os tempos – um total de 18,1, pontos para 71 – em abril, com as demissões se espalhando rapidamente pelo país.

Na Europa, os ministros das Finanças da zona do euro se reuniram para discutir mais sobre a conveniência ou não da emissão conjunta de dívida. O governo do Reino Unido, em uma ação que a zona do euro não poderá copiar, sinalizou que pegaria emprestado diretamente do banco central para financiar seus déficits no curto prazo, uma ação que foi recebida no mercado local de títulos mais com alívio do que medo. Os rendimentos de dois e dez anos no Reino Unido caíram sete pontos-base.

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