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Pacheco, Lira: zerar déficit fiscal é meta a ser 'perseguida'

Falas de presidentes do Senado e da Câmara chegam após declaração polêmica do presidente Lula

O presidente Lula ladeado por Rodrigo Pacheco (esq.) e Arthur Lira - Roque de Sá/Agência Senado
O presidente Lula ladeado por Rodrigo Pacheco (esq.) e Arthur Lira - Roque de Sá/Agência Senado

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, afirmaram, nesta segunda-feira (6), que zerar o déficit nas contas públicas é uma meta que deveria ser "perseguida" pela equipe econômica do atual governo.

As falas do senador e deputado foram feitas durante um evento organizado por um banco privado em São Paulo, e chegam dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que "dificilmente" o governo vai cumprir a meta.

No evento, Pacheco disse ter "compromisso" com propostas do governo que busquem um regime fiscal "sustentável".

"Antes do governo Lula assumir, nós aprovamos uma PEC de Transição, que obrigava um novo regime fiscal, depois votamos um regime fiscal através da lei complementar, se estabeleceu uma meta de redução do déficit ou de déficit zero no Brasil, essa meta deve ser continuamente perseguida e buscada", afirmou.

No mesmo evento, o presidente da Câmara, Arthur Lira, foi perguntado sobre os embates em torno da meta fiscal do governo para o próximo ano, e colocou que não dialogou com o presidente Lula ou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a alteração do objetivo estipulado para 2024.

“Eu não tive, particularmente, nenhuma conversa, nem com o presidente Lula, nem com o ministro Haddad e nem com ninguém da área do governo, que viessem me atestar de que iam modificar o envio da meta”, disse.

O presidente do Senado também afirmou que a Casa deve votar nesta semana a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária – para ele, a proposta é uma das "mais importantes" reformas a serem feitas no Brasil. 

Foi dito ainda que caso o texto seja aprovado na CCJ, será encaminhado ao plenário principal do Senado, onde deve ser votado entre quarta-feira (8) e quinta-feira (9). Ele também tocou em dois textos que tratam do funcionamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

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