Por Ana Julia Mezzadri, do Investing.com – Conforme previsto pelo BTG Pactual, os resultados da PagSeguro (NYSE:PAGS) (SA:PAGS34) seguiram pressionados no primeiro trimestre. No entanto, na análise do banco, há indicações de recuperação e potencial de upside para a ação. Assim, o BTG (SA:BPAC11) reiterou sua recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 69.
Negociada em Nova York, a ação tinha queda de 1,19% por volta das 14h50 (horário de Brasília) desta sexta-feira (4), sendo negociada a US$ 52,08. Sua BDR no Brasil, enquanto isso, subia 3,53%, a R$ 52,80.
O lucro líquido reportado pela companhia foi de R$ 271 milhões, 11% abaixo da projeção do banco.
“Apesar de alertarmos que nossas estimativas foram reduzidas recentemente, em abril, para considerar novos lockdowns e investimento adicional em crescimento, as dinâmicas e números vieram melhores do que estimávamos”, diz o BTG, que destaca os volumes processados e o take rate (percentual de comissão).
Os volumes processados ficaram 4% acima das expectativas do banco, em queda trimestral de 9%, mas alta anual de 58%. Em abril e maio, observa o BTG, os volumes cresceram 108% e 91%, respectivamente. Considerando que o banco esperava crescimento anual de cerca de 65% para os volumes do segundo trimestre, há potencial de upside.
O take rate, por sua vez, alcançou 4,1% no trimestre, ajudado por um mix mais favorável nos volumes. As receitas, de R$ 2,07 bilhões, superaram a previsão do banco em 5%.
Entre os diferentes braços da companhia, o BTG cita o PagBank como destaque positivo, com forte crescimento em número de contas, volumes e receitas. A expectativa da gestão é que a operação se torne lucrativa no segundo semestre de 2022, “o que deve significar o início de uma forte expansão de margem líquida para a PagSeguro como um todo”, aponta o banco.