Economia

País terá que escolher entre ajudar vulneráveis ou pagar precatórios sem parcelamento, diz Guedes

Ministro disse que o governo recebeu comandos conflitantes: de um lado, é obrigado a pagar os precatórios "instantaneamente" e, de outro, o STF determinou que o governo realize o pagamento da renda básica de cidadania

- Marcelo Camargo/Agência Brasil
- Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Isabel Versiani, da Reuters – O país terá que fazer uma escolha entre ajudar vulneráveis ou pagar os precatórios de forma imediata, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira (1), reiterando que o governo precisa da ajuda do Congresso para viabilizar o reforço do Bolsa Família.

Em solenidade no Palácio do Planalto, Guedes disse que o governo recebeu comandos conflitantes. De um lado, é obrigado a pagar os precatórios "instantaneamente" e, de outro, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo passe a pagar a partir do próximo ano a renda básica de cidadania.

"Se o próprio Supremo nos dá um comando para aumentar a base e o valor da renda básica, ou do auxílio emergencial, e nós estamos passando de 14 para 17 milhões (de beneficiados) e estamos passando (o valor do benefício) de R$ 180 para quase R$ 300, …esse comando conflita com o comando de pagar os precatórios instantaneamente, então nós temos que escolher", disse Guedes.

O ministro afirmou que aguarda então uma orientação do Supremo Tribunal Federal (STF), mas que conta também com a contribuição do Congresso com a aprovação da PEC dos Precatórios e da reforma do Imposto de Renda.

"O Congresso aprovando a PEC dos Precatórios e aprovando a reforma do Imposto de Renda, nós temos garantido o Bolsa Família subindo mais de 60%, bem mais do que subiu a comida, o combustível, tudo isso", disse Guedes.

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