O dinheiro está na liderança das preocupações de 71% dos trabalhadores brasileiros, é o que aponta uma pesquisa realizada pela fintech Onze. Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, a saúde apareceu na segunda colocação entre os itens mais mencionados pelos entrevistados, com 62% das respostas, seguida de família (62%), trabalho (57%), violência (39% e política (33).
A pesquisa “Estresse Financeiros dos Brasileiros” ouviu 1.535 trabalhadores com empregos formais e mostrou que as empresas enfrentarão, em 2021, um cenário com aumento dos níveis de estresse financeiro dos funcionários.
Segundo a fintech, a preocupação excessiva com o dinheiro é um dos principais fatores que levam ao estresse financeiro, um mal que, além de prejudicar a produtividade dos colaboradores, aumenta os índices de presenteísmo e absenteísmo, gera conflitos e causa inúmeros problemas de saúde
Ainda de acordo com a pesquisa, 45% daqueles que indicaram o dinheiro como maior problema perdem o sono pensando nas finanças, 35% perdem o foco no trabalho e outros 14% ficam mal-humorados e impacientes com os colegas.
"Apesar do estresse financeiro, a boa notícia é que durante a pandemia muitos brasileiros começaram, enfim, a poupar mais. E esse aumento da cultura de poupança e investimento tem reflexo também no que os brasileiros buscam no mercado de trabalho", conta Antonio Rocha, fundador e CEO da Onze.
A maior valorização da acumulação de patrimônio de longo prazo é outro fator que deverá ser considerado neste ano, conforme aponta a pesquisa “Benefícios mais desejados”, também promovida pela Onze. O estudo concluiu que, à medida que os colaboradores sobem na carreira, eles passam a valorizar os benefícios que têm impacto de longo prazo em suas vidas, como é o caso da previdência privada corporativa.
"A pandemia e todas as mudanças que vieram com ela estão influenciando consideravelmente a forma como as pessoas pensam e lidam com o dinheiro, especialmente porque muita gente sentiu no bolso as consequências de não se preparar financeiramente para imprevistos”, diz Rocha.
Com a participação de 2.508 pessoas, a pesquisa concluiu que, entre os profissionais que recebem salários acima de R$ 3 mil, bônus em dinheiro, desconto em cursos e previdência corporativa são os três benefícios mais desejados. Para quem ganha acima de R$ 6 mil, a previdência é o segundo benefício mais desejado.
O estudo também revelou que a idade tem influência direta na questão: no grupo de colaboradores com mais de 26 anos, a previdência aparece em quinto lugar entre os benefícios que eles não recebem, mas desejam receber. Quando o recorte é feito com funcionários acima de 34 anos, o quesito sobe para o quarto lugar.
Com informações da NR-7 Comunicação