Commodities

Petróleo cai com a desaceleração da economia chinesa

Disseminação da Covid-19 atinge as atividades do setor

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Por Peter Nurse, da Investing.com – Os preços do petróleo caíam nesta segunda-feira, pressionados pelos sinais de desaquecimento econômico na China, o segundo maior consumidor do mundo, conforme as restrições impostas para combater a disseminação da Covid-19 atingem as atividades.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), os futuros do WTI caíam 1,2%, a US$ 67,42 por barril, enquanto os futuros do Brent caíam 1%, a US$ 69,91 por barril.

Os futuros da gasolina RBOB dos EUA caíam 1,5%, para US$ 2,2285 o galão.

A produção industrial chinesa e o crescimento das vendas no varejo desaceleraram drasticamente em julho, sendo prejudicados pelas enchentes e pela nova onda de Covid-19, que prejudicaram as atividades comerciais. Além disso, o processamento de petróleo bruto do país caiu no mês passado para o nível mais baixo desde maio do último ano, a primeira queda anual desde março de 2020, início dos bloqueios impostos pela pandemia.

“A recente propagação da variante delta será uma preocupação para a demanda de combustível de aviação, particularmente na China, onde vimos uma recuperação bastante forte nas viagens aéreas domésticas após o surto inicial de Covid-19”, disseram analistas do ING, em nota .

Além da demanda de combustível para aviação, o porto de Ningbo-Zhoushan da China, o terceiro mais movimentado do mundo, permanece parcialmente fechado nesta segunda-feira pelo sexto dia consecutivo, levantando preocupações de que a paralisação interromperá a atividade econômica na região para o longo prazo.

A Agência Internacional de Energia cortou na semana passada sua previsão de crescimento de demanda de petróleo para o segundo semestre do ano em meio milhão de barris por dia, citando novas restrições impostas em vários grandes países consumidores de petróleo, particularmente na Ásia.

Ilustrando a mudança de tom nos setores de energia do mercado, após fortes ganhos na maior parte do ano, os dados de sexta-feira da Commodity Futures Trading Commission mostraram que gestores de ativos cortaram suas posições longas líquidas em opções e futuros do petróleo em quase 10% na semana findada em 10 de agosto.

“O movimento foi propagado pela liquidação das longs, ao invés da entrada de novos shorts no mercado. Essa crescente incerteza fez com que especuladores não optassem pelo risco”, acrescentou o ING.

Nas notícias corporativas, a Saudi Aramco (SE:2222) pretende vender uma significativa participação minoritária dos seus gasodutos, de acordo com a Reuters na segunda-feira, procurando levantar pelo menos US$ 17 bilhões.

Além disso, o BHP Group (NYSE:BBL) (SA:BHPG34) está negociando uma possível fusão com a Woodside Petroleum (OTC:WOPEY), acelerando a retirada da mineradora do setor de combustíveis fósseis.

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