Não é novidade que o petróleo tem um forte poderio econômico, mas existe uma possibilidade disso estar com os seus dias contados. Esse recurso natural, não renovável, é utilizado principalmente para a produção de combustíveis como a gasolina e o óleo diesel, mas também são derivados os gases, os óleos lubrificantes e os plásticos.
A dependência do petróleo pela indústria automobilística sempre foi grande, no entanto, tem sido reduzida com a aceitação dos motores elétricos pelos consumidores europeus e, no Brasil, com o uso do etanol. Ainda assim, a previsão é que em 2023 haja alta na demanda global por petróleo e que os preços subam.
Em janeiro do ano passado o petróleo cru tipo Brent estava cotado a aproximadamente 80 dólares o barril. Com o início da guerra entre Rússia (um dos maiores produtores mundiais) e Ucrânia, os preços atingiram o ápice no mês de março, com o barril sendo cotado a 128 dólares.
Depois disso, entre elevações e reduções, os preços foram baixando mês a mês, mas a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), responsável por quase 1/3 da produção mundial de petróleo, tem anunciado cortes na produção e forçado uma elevação nos preços.
Visando reduzir essa dependência, a empresa chilena Highly Innovative Fuels (HIF) e a Porsche estão investindo na fabricação de uma gasolina sintética sustentável e ecológica, que está sendo testada e funciona nos motores à combustão.
O combustível é produzido a partir do hidrogênio, por meio de eletrólise, e do dióxido de carbono, com possibilidade de redução de aproximadamente 90% na emissão de gás carbônico na atmosfera.
É um processo que elimina a necessidade da extração de combustível fóssil, dispensa grandes áreas de plantações e cultivo de cana de açúcar, mas exige eletricidade para a separação de hidrogênio e água, gerando um custo ainda elevado.
Se esse novo combustível se mostrar economicamente viável, é possível que dê uma sobrevida aos motores à combustão, com a vantagem de a indústria automobilística não depender mais do petróleo.
Fica a dúvida: será que esses produtos substitutos chegam com força, retirando o protagonismo do petróleo na economia? Será possível uma redução de custos e ainda garantir a sustentabilidade ambiental?
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