preços petróleo

Petróleo reduz perdas; AIE detalha queda na demanda

Por Peter Nurse

Investing.com – Os mercados de petróleo reduziram as perdas na quarta-feira (15), mas o tom geral permaneceu fraco à medida que o tamanho do impacto sobre a demanda global foi revelado pelo último relatório da Agência Internacional de Energia.

Às 11h40 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo dos EUA eram negociados em queda de 0,7%, a US$ 19,81, tendo atingido baixas de até US$ 19,21, nova mínima para 2020, enquanto o contrato de referência internacional Brent caía 6,9%, para $ 27,55.

A demanda global do petróleo deve ter queda recorde de 9,3 milhões de barris por dia em 2020, enquanto a pandemia do Covid-19 faz com que a mobilidade – e, consequentemente, a demanda por combustível – quase pare, disse a Agência Internacional de Energia nesta quarta-feira.

Estima-se que a demanda em abril seja 29 milhões de barris por dia menor que a de um ano atrás, para um nível observado pela última vez em 1995, disse a AIE em seu Relatório do Mercado de Petróleo, publicado mensalmente, enquanto a demanda no segundo trimestre deste ano deve ser 23,1 milhões de barris por dia abaixo dos níveis do ano anterior.

Isso coloca em contexto o corte de 9,7 milhões de barris na produção diária acordado em uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de seus aliados, incluindo a Rússia, no domingo.

“O mercado está percebendo que os cortes da OPEP +, embora significativos, ainda não farão o trabalho de equilibrar o mercado neste trimestre”, disse o ING, em uma nota de pesquisa. “Enquanto isso, os cortes de fora da OPEP + provavelmente serão orientados pelo mercado, e não obrigatórios; portanto, esses declínios serão graduais e não imediatos”.

Espera-se que a maioria dos cortes de fora da OPEP + venha dos EUA e do Canadá, mas essa ideia encontrou resistência no Texas, maior estado produtor de petróleo dos EUA, onde algumas perfuradoras se recusaram a fazer mais reduções do que julgavam necessário.

“Geralmente, os pequenos produtores apoiam os cortes, enquanto os maiores estão mais dispostos a permitir quedas impulsionadas pelo mercado, algo que já estamos começando a ver”, acrescentou o ING.

As atenções agora se voltarão para os dados mais recentes da Administração de Informação de Energia que serão divulgados hoje. Espera-se que os estoques dos EUA tenham aumentado em 11,6 milhões de barris na semana passada, depois de terem aumentado 30,6 milhões de barris nas últimas três semanas.

Sair da versão mobile