O BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para as ações da PetroReconcavo (RECV), após a companhia apresentar seu desempenho operacional do primeiro trimestre de 2024.
A petroleira teve uma produção consolidada do mês de março de 25.645 barris de óleo equivalente (boe) por dia, uma queda de 2% na comparação mensal.
No ativo Potiguar, a produção foi de 13.791 boe/dia, queda de 0,9%, sendo a produção de petróleo em 9.024 boe/dia e a de gás em 4.767 boe/dia.
No ativo Bahia, a produção foi de 11.854 boe/dia, queda de 3,9%, sendo a produção de petróleo em 5.799 boe/dia e de gás em 6.055 boe/dia.
O Valor Presente Líquido (VPL) das reservas permaneceu relativamente inalterado, refletindo uma curva de preços de petróleo e gás mais conservadora e uma previsão de menor produção no curto prazo, possivelmente devido a atrasos operacionais em 2023.
Para o BTG, a queda de 29% no Capex entre 2024-2026 é bem recebida pelos investidores, combinada com opex/barril relativamente estáveis, sugerindo uma abordagem mais cautelosa na alocação de capital.
Com isso, o banco aponta uma possível mudança na estratégia da empresa, passando de uma tese de crescimento para uma tese de valor.
"A redução esperada no Capex no curto prazo pode indicar uma concentração em projetos menos arriscados e com maior visibilidade na geração de caixa. Embora a companhia ainda ofereça um crescimento de produção substancial para os próximos três anos, o ritmo é mais lento do que o de seus pares, sugerindo uma possível transição para uma tese de dividendos" comenta o BTG.
Para o banco, a decisão da RECV3 em adotar uma abordagem mais conservadora em relação à alocação de capital pode se revelar positiva, dada a gestão controlada de seu balanço.
No entanto, destaca que permanece a incerteza sobre se essa mudança será suficiente para impulsionar uma expansão rápida dos múltiplos.
Diante de tudo, o BTG Pactual mantém uma recomendação de Compra, acompanhando de perto os desdobramentos da estratégia da RECV3 e seu impacto nas perspectivas de investimento.