Consórcio 200

PF deflagra operação para apurar notícia-crime contra BB Consórcio, do Banco do Brasil (BBAS3)

Auditoria do BB levanta suspeitas contra operações R$ 10 milhões

- Divulgação/BB
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Por Pedro Peduzzi, da Agência Brasil –  A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (6) a Operação Consórcio 200. O objetivo é investigar “possível gestão fraudulenta na empresa BB Consórcio, do Bando do Brasil (BBAS3). Oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por cerca de 20 agentes no Distrito Federal, São Paulo e Paraná.

Segundo a PF, a operação está relacionada a um inquérito policial instaurado em 2021, aberto após encaminhamento, pelo Banco do Brasil, de “notícia-crime com o resultado da auditoria de duas operações de consórcio, no valor de R$ 100 milhões, aprovadas como consórcio de veículos, mas utilizadas para outros fins”.

Cobertura

Os investigadores informaram, ainda, que o pagamento desses valores não foi executado de forma regular, obrigando o banco a cobrir “parte considerável” do contrato.

Para a Polícia Federal, a operação financeira pode ser caracterizada como gestão fraudulenta, crime contra o Sistema Financeiro Nacional que deve resultar em pena de reclusão de 3 a 12 anos, além de multa.

“O uso do produto do crime, após a análise das quebras de sigilo fiscal e financeiro, pode conduzir também ao crime de lavagem de dinheiro”, acrescenta a PF.

O BB esclareceu que, após identificar as irregularidades em sua subsidiaria, “informou às autoridades policiais, que iniciaram as investigações”, e que “continua contribuindo com as investigações”, além de se colocar à disposição das autoridades.

De acordo com o banco, “assim que as primeiras informações sobre processos em desacordo com as normas da empresa foram apuradas, o Banco do Brasil tomou providências imediatas”. A primeira delas foi a comunicação às autoridades policiais.

“Em agosto de 2020, o BB destituiu os executivos da BB Consórcios investigados e nomeou novos gestores para facilitar a apuração completa dos fatos e dar continuidade à gestão da empresa”, detalhou o banco ao informar já ter recuperado “praticamente todos os valores envolvidos nas irregularidades”.

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