EUA

PIB americano do 4T21 acima do esperado não significa melhora para 1T22, diz ING

A instituição financeira destaca que detalhes na economia dos EUA ainda podem tornar o primeiro trimestre de 2022 difícil

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Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Apesar do PIB americano do quarto trimestre de 2021 ter tido um resultado melhor do que as projeções do mercado, o ING destaca que ainda é cedo para comemorar uma recuperação pós-pandemia. A instituição financeira destaca que detalhes na economia dos EUA ainda podem tornar o primeiro trimestre de 2022 difícil.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27), o PIB americano registrou um crescimento anualizado de 6,9% no 4T21. A previsão era de uma alta de 5,5%.

A recomposição de estoques contribuiu com 4,9 pontos percentuais para o total, liderada principalmente pelo setor automobilístico. Porém, a interrupção contínua do fornecimento faz com que não seja possível contar com esse crescimento nos próximos trimestres, segundo o ING.

O comércio se saiu bem, com as exportações subindo 24,5% e as importações saltando 17,7%. Mas no geral a contribuição líquida do comércio para o crescimento foi de 0%, após subtrair 1,3 pontos percentuais no resultado do 3T21.

Além disso, as vendas no varejo em dezembro caíram, assim como a ocupação em restaurantes e viagens aéreas, que recuaram 30% no comparativo anual. Parte desse movimento é resultado do avanço da Ômicron nos Estados Unidos, diz o ING, o que teria elevado a cautela dos consumidores no fim do ano passado.

Esse impacto no PIB em dezembro deve se arrastar por mais um tempo, também afetando o 1T22. O ING não descarta um crescimento negativo para esses próximos meses.

A expectativa é que o número de casos de coronavírus desacelere em um futuro próximo, o que faria com que os consumidores ganhassem mais confiança em fevereiro e março, segundo o ING. Os salários mais elevados também podem fortalecer o consumo no 1T22, o que deve preparar a economia para um crescimento mais forte no 2T22.

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