Balança Argentina

Piora na balança com Argentina puxa queda no comércio brasileiro

A piora na balança comercial com a vizinha Argentina foi o principal responsável pela queda do saldo positivo do comércio exterior brasileiro no primeiro quadrimestre deste ano. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o saldo acumulado da balança brasileira com todos os países, nos primeiros quatro meses deste ano, foi de US$ 16,4 bilhões, ou seja, menor dos que os US$ 18,2 bilhões acumulados no mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com a FGV, a balança com a Argentina passou de superavitária (quando exportações superam as importações) para deficitária (quando as importações superam as exportações), com perda de 3,1 bilhões na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado.

Também foram registradas perdas no comércio com a União Europeia (de US$ 1,4 bilhão na comparação com o mesmo período de 2018) e com a China (queda de US$ 900 milhões).

Por outro lado, houve ganhos no comércio com os Estados Unidos (que passou a registrar superávit de US$ 500 milhões) e com o Oriente Médio (com aumento do superávit de US$ 900 milhões).

Segundo a FGV, a piora no saldo com a China está relacionada ao aumento das importações provenientes do país asiático. Já a melhor em relação aos Estados Unidos é explicada pela redução das importações procedentes daquele país.

Dados

Em termos de valor, registraram queda no quadrimestre tanto as exportações (-3%) quanto as importações brasileiras (-0,8%). De acordo com a FGV, essa retração é explicada pelos preços, pois os volumes aumentaram nas duas bases de comparação.

O crescimento em volume das exportações é atribuído ao desempenho favorável das commodities (aumento de 12,2% entre os primeiros quadrimestres de 2018 e 2019). As exportações de não commodities recuaram 7,3%.

A liderança nas exportações ficou com o grupo de petróleo e derivados (31,8%), seguido do complexo soja (13,8%).

A FGV explica que a queda nos preços das commodities atinge as principais exportações brasileiras, exceto o minério de ferro, que teve aumento de 4,1 % entre o acumulado do ano até abril de 2018 e 2019.

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