Investimentos

Plataforma de supermercado on-line Favo recebe aporte de R$ 141 milhões

Criada em 2019, a empresa opera na região metropolitana de São Paulo e em Lima, no Peru

Alejandro Ponce e Marina Proença, fundadores da startup Favo - Divulgação
Alejandro Ponce e Marina Proença, fundadores da startup Favo - Divulgação

Por Aluisio Alves, da Reuters – A startup de vendas de supermercado por canais digitais Favo anunciou nesta quarta-feira (6) que recebeu um aporte de 141 milhões de reais liderado pelo fundo de capital de risco Tiger Global.

O aporte também envolveu os fundos Global Founders Capital, MSA Capital, Elevar Equity, Positive Ventures, FJ Labs, H2O, além de David Vélez, fundador e presidente do Nubank.

Criada em 2019, a Favo opera na região metropolitana de São Paulo e em Lima, no Peru, um modelo de "comunidade de compras", usando um website e apoio logístico para interligar consumidores a pequenos empreendedores, especialmente em regiões mais periféricas de grandes cidades.

A companhia tem centros de distribuição próprios, mas contrata os serviços de terceiros para fazer as entregas, que normalmente a casa do próprios empreendores cadastrados na plataforma, hoje cerca de 10 mil, que então se responsabilizam pelas entregas, em geral, num raio de até um quilômetro.

Segundo o ex-executivo financeiro peruano Alejandro Ponce, criador do negócio ao lado da brasileira Marina Proença, o aporte permitirá a expansão da Favo para outras capitais do Brasil e a entrada no México.

"Devido ao baixo investimento necessário, nossos colaboradores ganham mais por hora trabalhada do entregadores de aplicativos de refeições ou de motoristas de aplicativos", disse Ponce à Reuters.

O anúncio da Favo mostra como negócios de varejo baseados em canais digitais na América Latina vêm ganhando crescente atenção de investidores, entusiasmados com a rápida migração de negócios para o ambiente digital durante as medidas de isolamento social.

Esse mercado virou alvos de plataformas mais estabelecidas de comércio eletrônico, como Magazine Luiza (MGLU3), Mercado Livre (MELI34) e Americanas, que veem nesse tipo de negócio uma forma de tornar mais recorrente o uso de seus aplicativos por bases de milhões de usuários.

A Favo afirma ter atendido mais de 700 mil pedidos desde fevereiro do ano passado.

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