PMI Industrial Brasil sobe e mostra aumento de produção, vendas e empregos em janeiro

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Janeiro mostrou uma continuação de aumentos sólidos nos volumes de produção e de vendas do setor industrial em todo o Brasil, que têm sido evidentes desde o final da eleição presidencial, segundo levantamento da consultoria IHS Markit, que calcula o Índice dos Gerentes de Compras (PMI) brasileiro. O PMI entrevista executivos de empresas para saber o que eles esperam para suas atividades no mês e serve de indicador antecedente da atividade econômica. Há pesquisas também para o setor de serviços.

Mais produção e contratações

Segundo o Markit, embora tenha havido uma perda de impulso em ambos os casos, as taxas de crescimento no setor industrial ainda ficaram acima de suas médias históricas. Além disso, os produtores de mercadorias aumentaram suas compras de insumos e contrataram funcionários ao ritmo mais rápido em dez meses. E mais, o otimismo em relação aos negócios alcançou um pico para as séries, segundo comunicado da consultoria.

Ao aumentar marginalmente de 52,6 em dezembro para 52,7 em janeiro, o Índice Gerente de Compras (PMI) para o Brasil, sazonalmente ajustado, igualou o recorde de melhoria na saúde do setor desde março do ano passado. As condições de negócios se fortaleceram da maneira mais significativa na indústria de bens de capital, embora um crescimento tenha sido também evidente nas categorias de bens de consumo e de bens intermediários.

A entrada de novos pedidos aumentou pelo sétimo mês consecutivo no início de 2019, em meio a relatos de uma demanda robusta e de condições favoráveis de mercado. A recuperação se atenuou ligeiramente em relação a dezembro, mas permaneceu acentuada.

Os fabricantes de mercadorias, por sua vez, aumentaram a produção. Houve uma desaceleração marginal no crescimento, embora o aumento tenha sido o segundo mais rápido desde março de 2018.

Mercado interno puxa atividade

Os dados de janeiro indicaram que o mercado interno foi o fator principal no crescimento total de novos pedidos, com a contração nas vendas externas se acelerando e atingindo o seu ponto mais rápido em dois anos. Os entrevistados citaram a demanda global fraca, com a Argentina sendo especialmente mencionada.

Mais contratações e compras de matérias-primas

Os fabricantes expandiram suas capacidades em janeiro e contrataram funcionários adicionais, encorajados pela demanda robusta por seus produtos. O crescimento no nível de empregos reverteu a contração observada em dezembro e foi o mais forte desde março passado. Foram comprados insumos adicionais em janeiro, estendendo a atual sequência de crescimentos para três meses.

Menos estoques

Porém, os estoques de matérias-primas e de produtos semiacabados diminuíram em meio à escassez de insumos junto aos fornecedores e de atrasos subsequentes na entrega. Os estoques de itens acabados também caíram, o que os entrevistados atribuíram ao atendimento de pedidos por meio de produtos armazenados. Ao mesmo tempo, houve uma redução mais rápida nos trabalhos pendentes.

Custos subiram menos

Embora os custos de insumos tenham continuado a aumentar, a taxa de crescimento se atenuou, atingindo o seu ponto mais fraco em um ano e meio. Segundo relatos, melhorias no real, especialmente em relação ao dólar americano, contiveram a inflação em janeiro. Mas foi registrado um aumento mais forte nos preços de venda no início do ano. As empresas que aumentaram seus preços citaram o repasse aos seus clientes dos aumentos recentes das cargas de custos.

Perspectivas melhoram

O sentimento positivo entre os fabricantes brasileiros em relação às perspectivas de produção para daqui a doze meses melhorou, atingindo em janeiro o seu ponto mais forte na história das séries. As previsões de melhorias adicionais nas condições econômicas, o lançamento de produtos e um cenário político favorável impulsionaram o otimismo.

Para PMI, Pollyanna De Lima, economista principal da IHS Markit o fortalecimento da demanda continuou ajudando o setor industrial no início do ano, impulsionando as vendas, a atividade de compras e a produção. Foram criados mais empregos, em todos os três subsetores monitorados.

Encorajadas por esse crescimento constante na demanda doméstica, as fábricas aumentaram a produção para uma das taxas mais fortes desde o início de 2018.

Argentina atrapalha exportação

O volume de novos pedidos para exportação decepcionou, caindo pelo segundo mês consecutivo e da maneira mais significativa em dois anos, com os persistentes problemas na Argentina e a desaceleração geral do comércio global prejudicando os pedidos externos.

Mas a inflação de custos diminuiu ainda mais, já que a queda do dólar deu um alívio aos fabricantes. Mesmo assim, as empresas aumentaram seus preços, graças às condições robustas de demanda e na tentativa de melhorar as margens de lucro, que têm sido pressionadas por fortes aumentos de custos faz mais ou menos um ano.

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