Goiás

Polícia apura atentado no Instituto Federal de Goiás

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Policiais civis apreenderam, hoje (15), três alunos do Instituto Federal de Goiás (IFG), que compartilharam ameaças de um atentado na escola. Segundo o delegado Danilo Victor Nunes, responsável pela Delegacia da Criança e do Adolescente de Águas Lindas de Goiás (GO), a cerca de 50 quilômetros de Brasília, ao que parece tudo não passou de um “brincadeira de péssimo gosto”, que acabou alarmando funcionários do campus do IFG na cidade.

A existência das mensagens foi denunciada pelo responsável pela unidade. “Ontem (14), o diretor do IFG compareceu à delegacia e contou sobre boatos de que, possivelmente, haveria um atentado no campus do instituto na segunda-feira [hoje]”, disse Nunes à Agência Brasil.

Equipes de policiais foram deslocados para o instituto nas primeiras horas da manhã de hoje. Após identificarem os três adolescentes suspeitos de divulgar as ameaças, os agentes revistaram o estabelecimento e os pertences dos três estudantes. Nada foi encontrado.

“Coletamos prints [imagens] das mensagens veiculadas por estes jovens ameaçando outros estudantes. Diligenciamos o estabelecimento com cautela, incluindo alojamentos, e não encontramos nenhum material suspeito”, informou o delegado, explicando que os pais dos jovens foram chamados para acompanhar os filhos à Delegacia da Criança e do Adolescente, onde, até as 14h, os três estavam sendo ouvidos.

“Eles já disseram que se tratava de uma brincadeira, e os pais estão colaborando. Ainda estamos verificando tudo. Não há indícios de que se tratasse de algo sério, mas, por cautela, os domicílios desses adolescentes possivelmente serão alvo de buscas”, disse o delegado, lembrando que, mesmo que fique comprovado que tudo não passou de uma brincadeira infantil de mau gosto, uma história para tentar chamar a atenção, fatos como esse são “muito sérios” e têm consequências.

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Desobediência

Durante a ação policial, uma professora do Instituto Federal de Goiás (IFG) foi detida por desobedecer a ordem dos policiais. Segundo o delegado Danilo Victor Nunes, a professora insistiu em filmar os agentes e os jovens, mesmo tendo sido advertida de que o diretor do campus e os pais dos três adolescentes já estavam cientes do caso.

“Os agentes relataram tê-la advertido várias vezes de que ela não poderia filmar a diligência, principalmente por haver adolescentes envolvidos. Ela insistiu e continuou capturando as imagens até que os agentes lhe deram voz de prisão”, disse Nunes.

A docente foi liberada pouco depois das 13h, após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência – boletim usado para tipificar infrações de menor potencial ofensivo ou crimes de menor relevância. “Se ela tivesse acatado a ordem policial, não precisaríamos ter chegado a isto”, acrescentou o delegado.

O advogado Bruno Conti, que acompanhou a professora, disse à Agência Brasil que a professora disse ter decidido filmar toda a ação após reclamar com os policiais da forma como estavam tratando os três adolescentes. “Segundo ela, eles agiram de forma muito incisiva, quase truculenta. Como não foi ouvida, ela decidiu registrar com o celular. Mas ela estava filmando os agentes, não os jovens. Houve uma discussão, ela retrucou, e eles, então, decidiram conduzi-la à delegacia”, explicou o advogado.

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