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Porque cada vez mais fintechs estão usando APIs no Brasil

Brasileiros aceitam cada vez mais compartilhar seus dados pessoais em troca de experiências melhores

API - Reprodução
API - Reprodução

O crescimento das fintechs no Brasil é inquestionável. O país é apontado como o maior ecossistema da América Latina pelo 2021 Global Fintech Rankings da Findexable. E, de 2015 até 2021, o número de startups financeiras cresceu mais de 100%, indo de 474 empresas para 1.174 neste ano, atraindo mais de US$ 3 bilhões em investimentos ao longo desses anos, segundo dados da Distrito. 

Para que esse crescimento seja sustentável, entretanto, as fintechs têm expandido seu raio de atuação, interagindo com outros players do mercado para oferecer mais serviços. E as APIs têm feito grande parte dessa história ao possibilitar a integração dos serviços financeiros a sites não financeiros, processos comerciais e, principalmente, aplicativos de celular.

Até recentemente, a conexão com outros softwares exigia um grande investimento de recursos de desenvolvimento, o que acabava impedindo as empresas de implementar novas soluções rapidamente. 

Isso mudou drasticamente com o surgimento de provedores de infraestrutura financeira, tais como APIs de Open Banking, gateways de pagamento ou agregadores de serviços. Por meio de soluções interconectadas, esses provedores permitem às empresas oferecer melhores soluções em experiências sem atritos.

Essas novas ferramentas ajudam as fintechs a se manterem no caminho certo. Sem as barreiras tecnológicas, as fintechs conseguem se concentrar no desenvolvimento de novas soluções e investir seus recursos nas ações necessárias para escalar de forma sustentável.

Assim, os fornecedores de infraestrutura e capacitadores para inovadores financeiros são a chave para criar, lançar e escalar produtos e serviços de forma rápida e segura. 

Tendências

A crescente adoção de tecnologias conectoras no Brasil não surgiu do nada. Algumas tendências inegáveis estão ajudando a consolidar os modelos financeiros incorporados via APIs no país.

A primeira é, sem dúvida, a aceleração da digitalização dos serviços financeiros. Com os brasileiros cada vez mais abertos a gerenciar seu dinheiro a partir de seus celulares, tablets e smartwatches, cada vez mais empresas passaram a adotar estratégias para oferecer suas soluções também por meio de aplicações móveis.

O super crescimento dos neo bancos e o surgimento de modelos alternativos de empréstimo e crédito junto a todos os modelos de negócios disruptivos na região mostram que o brasileiro está disposto a consumir serviços alternativos. E com tanta opção no mercado, o consumidor está se tornando exigente, procurando experiências mais amigáveis, simples e rápidas do que as proporcionadas pelas empresas tradicionais.

Outro fator que ajuda no boom das APIs é o fato de que o brasileiro tem aceitado cada vez mais compartilhar seus dados pessoais – algo essencial para a conexão entre os softwares – desde que vejam um valor claro vindo do ato. Para os usuários, a principal promessa – e benefício – do uso de APIs é a redução do atrito na experiência, bem como o acesso a serviços e produtos que antes estavam fora de alcance. 

Finalmente, a capacidade dessas soluções de inovar é um dos pontos vitais que levam as fintechs a usar APIs. A conexão simples é chave para revolucionar no mercado financeiro, pois possibilita oferecer soluções mais personalizadas, gerenciar melhor riscos e aumentar a retenção de clientes.

Para atingir todos os benefícios que a conexão via APIs pode trazer, trabalhar com um parceiro de infraestrutura financeira é fundamental. Acelera o time-to-market, ajuda a compreender as necessidades dos usuários e, consequentemente, possibilita criar novos produtos financeiros personalizados com escalabilidade e eficiência.

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.

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